sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ás voltas com a VODAFONE: VODAFONE com aplicação do Económico TV

Vou iniciar uma nova rúbrica/crónica que tem a ver com notícias sobre a empressa Vodafone Portugal, onde exerço a minha actividade profissional. Estas notícias são extraidas da comunicação social (escrita) e tem a ver com informações que os "media" divulgam sobre as comunicações em geral e a Vodafone em particular. Espero que seja do agrado de todos, principalmente dos apreciadores da tecnologia e das comunicações. Estão, como é óbvio, sempre disponíveis para comentários que achem pertinentes e/ou dúvidas que queiram colocar.

Notícia(s) do Dia: Desempregados obrigados a ter formação em apenas duas semanas



Desempregados obrigados a ter formação em apenas duas semanas


O Governo quer que os novos desempregados sejam chamados a fazer acções de formação no prazo de duas semanas após a inscrição no centro de emprego.


As agências de emprego do sector privado poderão vir a receber financiamento do Estado quando conseguirem um posto de trabalho para desempregados que já esgotaram o subsídio. Mas a ideia ainda depende de experiências-piloto. Esta é apenas uma das mais de 30 medidas do Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, aprovado ontem em Conselho de Ministros e apresentado pelo ministro da Economia.

"Uma medida, que poderá vir a ser concretizada, passaria pela atribuição de responsabilidades ao nível da colocação de desempregados não subsidiados por parte de entidades do sector privado de emprego", explicou ontem o secretário de Estado de Emprego aos jornalistas. Pedro Martins referiu que, "de acordo com os resultados da colocação desse desempregado (...) haverá uma remuneração por parte do Estado e do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) que variaria de acordo com a percentagem de trabalhadores colocados, de acordo com a duração dessas mesmas colocações".

Questionado sobre se isto implicaria um subsídio a empresas que ‘concorrem' com o sector público de emprego, Pedro Martins preferiu sublinhar que o que "interessa é pôr no terreno" medidas que combatam o desemprego.

Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

Notícia(s) do Dia: Portugal acima da média da OCDE no acesso ao Superior



Portugal acima da média da OCDE no acesso ao Superior


Portugal está acima da média da OCDE em alunos que entram no Ensino Superior com mais de 80% de alunos que chegam à universidade.


Os dados constam do último relatório de educação realizado pela OCDE.

No entanto, o País continua abaixo da média no que toca a apoios financeiros sendo que a despesa pública com o sector é inferior a 20%. O estudo dá o exemplo de quatro países com sistemas bem desenvolvidos: Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e Estados Unidos e sugere que uma solução para promover o acesso e frequência do Ensino Superior seria combinar um nível razoável de propinas com fortes sistemas de ajuda financeira.

"Muitos países com boas taxas de entrada nas universidades partilham uma coisa em comum: robustos sistemas de ajuda aos estudantes", lê-se no relatório da OCDE.

Os peritos da OCDE sugerem ainda que, combinando meios testados com subsídios de renda e empréstimos, se pode promover o acesso e a equidade, bem como melhores resultados dos alunos. Isto porque, revela o estudo, os países onde os alunos podem beneficiar de um grande apoio financeiro têm níveis de acesso acima da média, mesmo quando as despesas com propinas são comparativamente elevadas.

Num momento em que os países se debatem com dificuldades orçamentais, os peritos sugerem, também, um nível "moderado" de propinas, dando aos estudantes a possibilidade de beneficiarem de sistemas de ajuda financeira. "É uma forma efectiva de os países aumentarem o acesso à educação superior, fazendo um uso eficiente dos limitados fundos públicos", diz o documento.

No entanto, os autores do estudo reconhecem ser difícil classificar o termo "moderado" em termos quantitativos. Os países da OCDE que cobram a educação superior têm uma despesa média anual com propinas entre 800 e 1.300 dólares por ano (600 a 982 euros).


Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

À Volta com a Economia: Barclays encerra 19 agências em Portugal



Barclays encerra 19 agências em Portugal


O Barclays vai encerrar 19 das suas 279 agências em Portugal, na sequência do plano de redução da base de custos no país.


A informação foi confirmada à Lusa por fonte oficial do banco, que acrescentou que esta redução da rede não vai implicar despedimentos.

"Devido à desaceleração do mercado bancário e na sequência do plano de redução da sua base de custos em Portugal, o Barclays anunciou o encerramento de 19 das suas 279 agências, menos de 7% da sua rede, não havendo lugar a despedimento de colaboradores", refere a mesma fonte do banco numa resposta escrita enviada à Lusa.

Segundo acrescenta a mesma nota, os "clientes [das agências a encerrar] serão transferidos para a agência mais próxima ou outra à sua escolha".

O Barclays garante ainda que as agências a encerrar "estão em localizações onde, actualmente, a actividade bancária não justifica a manutenção das mesmas. No entanto, um dos principais pressupostos de decisão foi a existência de uma agência nas proximidades, de forma a provocar o menor impacto possível no dia-a-dia dos clientes".

Para além disso, de forma a minimizar o efeito da transferência das contas dos clientes destas agências para uma das proximidades, o banco vai assegurar "a deslocação de, pelo menos, um colaborador da actual agência para a nova".

Quanto aos restantes, "serão recolocados noutros lugares e funções, não havendo redução de recursos humanos, com excepção das eventuais saídas voluntárias resultantes do programa de rescisões amigáveis em curso neste momento no banco", sublinham.

Recorde-se que a 7 de Fevereiro, o Económico noticiou que o banco enviou aos seus 2.100 colaboradores uma mensagem onde informava das condições do programa de rescisões amigáveis que a instituição pretendia aplicar.

No mesmo dia, fonte oficial do Barclays confirmou à Lusa que "o plano apresentado é de adesão estritamente voluntária, não obrigando qualquer colaborador a responder afirmativa ou negativamente. Apenas os colaboradores que considerem esta uma oportunidade para encarar novas realizações pessoais ou profissionais responderão se assim o desejarem".

O banco está em Portugal desde 1981, "estando neste momento a proceder à consolidação da sua posição no país, tomando em cada momento as medidas de gestão que permitem a continuação de uma operação saudável e preparada para acompanhar o crescimento do mercado quando tal acontecer", disse na mesma altura fonte oficial do banco à Lusa.

Questionado hoje pelo eventual número de rescisões amigáveis já concretizado, fonte oficial do Barclays recusou-se a avançar um número, explicando que o banco não vai fazer balanços provisórios. O programa de rescisões amigáveis termina sensivelmente em meados de Março.

Quanto à redução de balcões, o Barclays acrescenta ainda que esta medida "insere-se na consolidação da posição do banco no país, contribuindo para assegurar uma operação saudável e preparada para acompanhar o crescimento do mercado quando tal acontecer".



Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

Notícia(s) do Dia: Mais de 60 mil desempregados já emigraram desde o início da crise



Mais de 60 mil desempregados já emigraram desde o início da crise


Entre 2009 e 2011, a emigração justificou o fim da inscrição de 64,9 mil desempregados nos centros de emprego. Só em 2011, foram 22,7 mil.


Milhares de pessoas anteciparam-se à sugestão do primeiro-ministro e optaram por procurar um emprego fora do país. A prová-lo estão os números do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) que indicam que, entre 2009 - primeiro ano em que a crise se fez sentir em Portugal - e 2011, 64.905 desempregados deixaram de estar inscritos nos centros de emprego porque optaram pela emigração.

Logo em 2009, a anulação de inscrições por este motivo disparou 33,1%. A partir daí, o crescimento foi mais contido: 15,8%, em 2010 e 0,2% em 2011. Só em 2011, o IEFP anulou 22.700 inscrições devido a emigração, longe dos 14.695 registos de 2008. O peso da emigração no total de inscrições eliminadas também tem vindo a crescer. Em 2011, justificava 4,5% do total, mas, em 2008, ficava em 3,1%.

Os dados do IEFP reflectem apenas uma parte do universo de emigrantes, uma vez que apenas diz respeito aos inscritos (e mesmo aqui o número pode estar subavaliado). O professor Jorge Malheiros salienta, por exemplo, o caso de muitos jovens à procura do primeiro emprego que optam por emigrar sem passar primeiro pelos centros de emprego.

Ainda assim, os dados do IEFP indicam que muitos portugueses acabaram por procurar outras alternativas além-fronteiras. Em Dezembro, o primeiro-ministro sugeriu a emigração de professores desempregados. Perante o cenário de "demografia decrescente", nos "próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma: ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa", disse Passos Coelho em entrevista ao Correio da Manhã. As declarações suscitaram controvérsia e depois foi a vez de o ministro dos Assuntos Parlamentares acusar os críticos de "conservadorismo". Aliás, Miguel Relvas já tinha abordado o tema da emigração em Novembro. Antes, em Outubro, foi o secretário de Estado da Juventude e do Desporto que deixou o mesmo conselho aos jovens: "Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras".

Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Pobreza, Exclusão Social e Políticas Sociais: Human Development Report 2011


HUMAN DEVELOPMENT REPORT 2011



Relatório de desenvolvimento humano de 2011, onde podem encontrar a versão do índice de desenvolvimento humano para o corrente ano. Portugal pertence ao conjunto dos países altamente desenvolvidos ocupando o lugar 41 entre 187 países considerados, tendo melhorado ligeiramente em relação ao ano passado mas isso não impediu o nosso país de descer um lugar neste ranking (pg. 133). De entre os componentes deste índice destaque-se a escolaridade como o factor que mais prejudica a classificação portuguesa, isto é, a escolaridade média dos portugueses é muito baixa no contexto do grupo dos países altamente desenvolvidos, sendo mesmo a segunda mais baixa (pg. 134).


Note-se que este índice é reconhecido como um melhor descritor do estado de desenvolvimento de um país do que o simples PIB per capita.
Relatório de 185 páginas (Escrito em inglês)


Fonte: Published for the United Nations Development Programme (UNDP)

Pobreza, Exclusão Social e Políticas Sociais: Relatório da OCDE - Fosso Ricos e Pobres




DIVIDED WE STAND: WHY INEQUALITY KEEPS RISING

Relatório publicado pela OCDE sobre o aumento das desigualdades de distribuição de rendimentos nos países ricos, onde se verifica um aumento enorme entre o fosso que separa os ricos dos pobres. São 389 páginas de análise profunda a este problema que não é só de Portugal, mas do Mundo inteiro. (Escrito em inglês)

Fonte: OCDE

Notícia(s) do Dia: Saíram 20 mil funcionários do Estado em 2011 (Devem estar Felizes!!!!!)



Saíram 20 mil funcionários do Estado em 2011


Os dados revelados esta manhã Governo revelam uma redução de 3,2% no número de funcionários do Estado, acima dos 2% exigidos pela troika.


Hélder Rosalino revelou esta manhã que o ano passado foi cumprida a meta de redução do número de efectivos da Administração Central do Estado. De acordo com o secretário de Estado, que falava na comissão de Orçamento e Finanças que está a decorrer no Parlamento, em 2011 saíram entre 17 a 20 mil trabalhadores da Administração Central do Estado. Estes dados provisórios foram reunidos a pedido da troika acrescentou o governante.

Houve assim uma redução de 3,2%, acima dos 2% exigidos no memorando da troika. O principal motivo da maioria das saídas tem sido por aposentação dos funcionários públicos.

O secretário de Estado garantiu ainda até ao final da próxima semana a maioria das leis orgânicas, no âmbito do PREMAC, estará aprovada em Conselho de Ministros e que o programa deverá estar totalmente concluído já no final do primeiro semestre. “Depois das leis orgânicas públicas vamos começar a trabalhar nos mapas de pessoal de cada organismo e aqui podem identificar-se rearranjos que suscitem mobilidade interna ou especial”, revelou ainda Hélder Rosalino.

De acordo com os mesmos dados provisórios, recolhidos a pedido da troika, ao longo do ano passado foram reduzidas 40% das estruturas da Administração Central e 27% nos cargos de gestão. Houve uma diminuição de 142 organismos e de 1711 cargos de dirigentes. O governante acrescentou ainda que na administração central directa havia 102 estruturas e no final do ano passado eram apenas 80, uma diminuição de 22%. Já na administração central periférica ou seja regionais a redução foi de 67% de 43 estruturas para 14. Nos institutos públicos a redução foi de 74 para 56.

Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

Notícia(s) do Dia: Novas regras da avaliação dos professores publicadas hoje em Diário da República



Novas regras da avaliação dos professores publicadas hoje em Diário da República

As novas regras para a avaliação dos professores, aprovadas em Conselho de Ministros em Dezembro, foram hoje publicadas em Diário da República e vigoram a partir de quarta-feira.


O novo decreto-lei resulta do acordo alcançado no ano passado entre o Ministério da Educação e vários sindicatos de professores.

O Conselho de Ministros aprovou a 22 de Dezembro os diplomas relativos à regulamentação do novo regime de avaliação dos professores e correspondente adaptação ao Estatuto da Carreira Docente.

Esta legislação define "as grandes linhas de orientação", disse na altura o ministro Nuno Crato, frisando que os resultados da avaliação passam a ser expressos em círculos alargados, correspondentes à duração dos diferentes escalões da carreira, o que permite "uma maior tranquilidade" na vida das escolas.

"Há uma real desburocratização do processo e uma preocupação de evitar potenciais conflitos de interesse, promovendo avaliadores de escalão superior ao dos avaliados", referiu.

Na justificação hoje publicada em Diário da República, indica-se que o novo modelo de avaliação dos professores se pretende "orientado para a melhoria dos resultados escolares" e para a "diminuição do abandono escolar".

Os avaliadores internos são seleccionados segundo o princípio da hierarquização.

Além do avaliado, intervêm na avaliação o presidente do conselho geral, o director, o conselho pedagógico e o coordenador de departamento curricular.

Se um docente for classificado com Regular tem "oportunidade de repetir o período probatório", sem interrupção funcional, devendo desenvolver um plano de formação que integre a observação de aulas, lê-se no texto.

O sistema continua sujeito a quotas – principal motivo de contestação dos sindicatos, mas a obtenção das menções de Excelente e Muito Bom nos 4. e 6. Escalões permite a progressão aos escalão seguinte, "sem a observância do requisito relativo à existência de vagas".

A classificação de Regular determina que o período de tempo a que respeita só seja considerado para efeitos de progressão na carreira após a conclusão com sucesso de um plano de formação com a duração de um ano.

A avaliação dos professores contratados realiza-se no final da vigência do contrato, desde que tenham prestado serviço, pelo menos, 180 dias.

O avaliado pode reclamar do resultado final da avaliação no prazo de 10 dias úteis, a contar da sua notificação. A decisão deve ser proferida em 15 dias úteis.

A disposição transitória estabelece que, no final do primeiro ciclo de avaliação, e "observando o princípio de que nenhum docente é prejudicado em resultado das avaliações obtidas" nos modelos anteriores, cada um opta, para efeitos de progressão na carreira, pela classificação mais favorável que obteve num dos três últimos ciclos avaliativos.


Fonte: SIC NOTÍCIAS

À Volta com a Economia: Portugueses fogem há 34 meses dos certificados de aforro

Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE


Portugueses fogem há 34 meses dos certificados de aforro


As famílias portuguesas tiraram mais 246 milhões de euros dos certificados de Aforro em Janeiro.


Há 34 meses seguidos que as famílias portuguesas fogem dos certificados de Aforro. No primeiro mês de 2012, foram mais 274 milhões de euros saíram que deste instrumento de dívida do Estado, contra apenas 28 milhões de euros em novas subscrições, revelou hoje o Boletim Mensal do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público.

O número confirma a tendência verificada no ano passado. Em 2011, os resgates líquidos atingiram os quatro mil milhões de euros, em linha com o esperado pelo Governo português.

A baixa remuneração oferecida por este produto cuja rendibilidade está dependente da evolução da Euribor a 3 meses pode ajudar a explica a tendência de fuga dos portugueses em relação aos certificados de Aforro. A taxa líquida para quem subscrever este produto este mês é de menos de 1%.

Em situação diferente continuam os certificados do Tesouro, que voltaram a somar um saldo líquido mensal de subscrições positivo, à conta de um volume de subscrições de 40 milhões de euros e de 23 milhões de euros de resgates.

À Volta com a Economia: IRS: Contribuintes têm de compensar retenção na fonte



IRS: Contribuintes têm de compensar retenção na fonte


Retenção na fonte em IRS dos salários processados antes de 10 Fevereiro terá de ser compensada no próximo mês.

Alguns contribuintes vão ter acertos adicionais em Março por causa das tabelas de retenção na fonte em IRS. Estes acertos - que poderão implicar mais ou menos dinheiro disponível nesse mês - ocorrem apenas se as entidades patronais tiverem processado os salários dos trabalhadores antes de 10 de Fevereiro, data da entrada em vigor das novas tabelas de retenção na fonte. É que, nestes casos, as retenções às remunerações ainda foram feitas de acordo com as tabelas de 2011.

Uma circular da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vem definir que, quando o processamento dos salários tenha sido feito antes da entrada em vigor das novas tabelas de retenção na fonte de IRS e o pagamento feito já durante a vigência das novas taxas, devem as entidades patronais, privadas ou públicas, "proceder, até final do mês de Março de 2012, aos acertos decorrentes da aplicação àqueles rendimentos das novas tabelas de IRS". Assim, além da retenção na fonte correspondente ao mês de Março, vão ter o acerto correspondente a Fevereiro.

Na prática, isto significa que alguns contribuintes vão ter menos dinheiro disponível no final do mês e outros terão mais, consoante sejam trabalhadores do privado ou do sector público, respectivamente. Os trabalhadores de empresas privadas sofrerão um corte, já que as tabelas deste ano são mais gravosas do que as do ano passado, uma vez que têm em conta os limites globais introduzidos pelo Governo de Passos Coelho às deduções em IRS - que afectam aspectos como as despesas de saúde e da casa, por exemplo - e os tectos aos benefícios fiscais, que Sócrates já tinha aplicado.


Fonte: DIÁRIO ECONÓMICO ONLINE

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Notícia(s) do Dia: Soares contra "subserviência chocante" perante a troika




Soares contra "subserviência chocante" perante a troika


Mário Soares aconselha Passos Coelho a agir com "palavras simples" para contrariar "uma depressão colectiva que se está a generalizar".


O antigo Presidente da República volta a lançar fortes críticas à ‘troika' por meter "o nariz em tudo, como se fossem os nossos patrões, só porque representam os que nos emprestaram dinheiro a juros inaceitáveis" e "fingindo que são nossos simpáticos dadores quando são implacáveis exploradores". "Sacrifícios, sim, se houver uma estratégia que os justifique, humilhações, não", escreve.

Num artigo hoje publicado no Diário de Notícias, Mário Soares relata "uma depressão colectiva que está a generalizar" e um "descontentamento progressivo com tendência a transformar-se em revolta". O histórico socialista diz que Pedro Passos Coelho "não deve menosprezar esta perigosa situação" e aconselha o primeiro-ministro a usar "palavras simples e claras" para contrariar a ideia de "que quem nos governa é a troika". E escreve também que o Governo português "não deve ostentar perante ela uma subserviência chocante".


Fonte: DIÁRIO ECONÓMICO ONLINE

À Volta com a Economia: "Não sei quanto vou receber" (É só ver o valor de mercado...Ainda gozam, que pouca vergonha)



"Não sei quanto vou receber"


Eduardo Catroga, recém-eleito ‘chairman’ da EDP, garantiu hoje que não sabe quanto irá receber pelas suas funções na eléctrica.


"Eu não negociei previamente a minha remuneração. Não sei quanto vou receber. Nem falámos de remunerações quando fui convidado", garantiu, questionado pelos jornalistas após a assembleia-geral extraordinária da EDP, que aprovou a entrada da China Three Gorges e ainda a nomeação do conselho geral e de supervisão e a recondução da comissão executiva. O economista garantiu ainda não saber qual será o corte na remuneração.

O salário do ex-ministro das finanças na EDP, que foi eleito para 'chairman' da EDP para o triénio 2012-2014, tem sido alvo de polémica, por ser considerado "milionário" e a sua nomeação tem sido contestada.

Contudo, Catroga garantiu que seria "um candidato natural para um mandato como presidente. A minha escolha é uma escolha natural, e os accionistas, ponderando alternativas internas e externas, consideraram a mais acertada"- Até porque, lembrou, já estava no conselho geral e de supervisão há seis anos.
"Eu não negociei previamente a minha remuneração. Não sei quanto vou receber. Nem falámos de remunerações quando fui convidado", garantiu, questionado pelos jornalistas após a assembleia-geral extraordinária da EDP, que aprovou a entrada da China Three Gorges e ainda a nomeação do conselho geral e de supervisão e a recondução da comissão executiva. O economista garantiu ainda não saber qual será o corte na remuneração.

O salário do ex-ministro das finanças na EDP, que foi eleito para 'chairman' da EDP para o triénio 2012-2014, tem sido alvo de polémica, por ser considerado "milionário" e a sua nomeação tem sido contestada.

Contudo, Catroga garantiu que seria "um candidato natural para um mandato como presidente. A minha escolha é uma escolha natural, e os accionistas, ponderando alternativas internas e externas, consideraram a mais acertada"- Até porque, lembrou, já estava no conselho geral e de supervisão há seis anos.



Fonte: DIÁRIO ECONÓMICO ONLINE

Pobreza, Exclusão Social e Políticas Sociais: Seminário Internacional: Ciganos Portugueses



Pobreza, Exclusão Social e Políticas Sociais: A pobreza não acontece de repente, vai corroendo a vida devagarinho








Fonte: JORNAL PÚBLICO de 12-02-2012

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

À Volta com a Economia: Nobel da Economia recebe honoris causa em Portugal



Nobel da Economia recebe honoris causa em Portugal

Os Reitores das Universidades de Lisboa, Técnica de Lisboa e Nova de Lisboa, concedem, no dia 27 de fevereiro, o grau de Doutor Honoris Causa ao economista americano Paul Krugman. À sessão solene, que terá lugar na Aula Magna, em Lisboa, às 17h, segue-se uma conferência do Nobel sobre Economia na Crise.


 

Paul Krugman será apresentado por Jorge Braga de Macedo e José da Silva Lopes comentará, seguindo-se um período de perguntas e respostas.

Galardoado com o Prémio Nobel da Economia, em 2008, Paul Krugman é professor na Woodrow Wilson School of Public and International Affairs da universidade de Princeton e cronista regular do The New York Times.

Krugman é ainda Centenary Professor na London School of Economics, e foi laureado com o prémio bienal John Bates Clark (1991), com o qual a American Economic Association recompensa economistas com menos de 40 anos, escrevem aquelas universidades, em comunicado.

Autor de dezenas de livros e centenas de artigos, foi Ford International Professor of International Economics no Massachussets Institute of Technology (MIT), onde se doutorou em 1976, tendo também ensinado nas universidades de Yale e Stanford, além de ter desempenhado funções de assessor económico na Casa Branca.

Krugman recebeu o prémio Nobel pelas suas contribuições na nova teoria do comércio internacional baseada nas economias de escala, com implicações para os padrões no comércio e desenvolvimento internacionais, o papel da história e das expectativas na concentração geográfica da riqueza nacional e mundial.


 

Fonte: SAPO.Pt

Às Voltas com a Memória: JOHN LENNON (n. 08 Dez.1940; m. 08 Dez. 1980)



BIOGRAFIA JOHN LENNON
 
John Winston Lennon, nasceu em Liverpool, a 9 de Outubro de 1940, foi um músico, compositor, escritor e activista britânico.
John Lennon ganhou notoriedade mundial como um dos fundadores do grupo de rock britânico The Beatles. Na época da existência dos Beatles, John Lennon formou com Paul McCartney o que seria uma das melhores e mais famosas duplas de compositores de todos os tempos, a dupla Lennon/McCartney. John Lennon foi casado com Cynthia Powell, e com ela teve o filho Julian. Em 1966, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono. Em 1968, Lennon e Yoko produziram um álbum experimental, Unfinished Music No.1: Two Virgins, que causou controvérsia por apresentar o casal nu, de frente e de costas, na capa e contracapa. A partir deste momento, John e Yoko iniciariam uma parceria artística e amorosa. Cynthia Powell pediu o divórcio no mesmo ano, alegando adultério. Em 1969, o casal casou-se numa cerimónia privada no rochedo de Gibraltar. Usaram a repercussão de seu casamento para divulgar um evento pela paz, chamado de "Bed in", ou "John e Yoko na cama pela paz", como um resultado prático de sua lua-de-mel, realizada no Hotel Hilton, em Amesterdão. No final do mesmo ano, Lennon comunicou aos seus parceiros de banda que queria deixar os Beatles. Ainda no mesmo período, Lennon devolveu a sua medalha de Membro do Império Britânico à Rainha Elizabeth, como uma forma de protesto contra o apoio do Reino Unido à guerra do Vietname, o envolvimento do Reino Unido no conflito de Biafra e "o fraco desenvolvimento de Cold Turkey nas paradas de sucesso".
Em 10 de Abril de 1970, Paul McCartney anunciou oficialmente o fim dos Beatles. Antes disso, John Lennon havia lançado outros dois álbuns experimentais, Life with lions e Wedding album. Também lançara o compacto "Cold Turkey" e o disco ao vivo Live peace in Toronto, creditados à banda Plastic Ono Band, com a participação de Eric Clapton. No final do ano, sai o primeiro disco solo de Lennon, após o fim dos Beatles: John Lennon/Plastic Ono Band, que contou com a participação de Ringo Starr, Yoko Ono e Klaus Voormann.
Durante a década de 1970, John e Yoko envolveram-se em vários eventos políticos, como promoção à paz, pelos direitos das mulheres e trabalhadores e também exigindo o fim da Guerra do Vietname. O seu envolvimento com líderes da extrema-esquerda norte-americana, com Jerry Rubin, Abbie Hoffman e John Sinclair, além de seu apoio formal ao Partido dos Panteras Negras, deu início a uma perseguição ilegal do governo Nixon ao casal. A pedido do Governo, a Imigração deu início a um processo de extradição de John Lennon dos EUA, que durou cerca de três anos, período em que John ficou separado de Yoko Ono por 18 meses, entre 1973 e 1975.
Após reconciliar-se com Yoko, vencer o processo de imigração e conseguir o Green Card, Lennon decidiu afastar-se da música para dedicar-se à criação de seu filho Sean Taro Ono Lennon, nascido no mesmo dia de seu aniversário, em 1975. O casal voltou aos estúdios em 1980 para gravar um novo álbum, Double Fantasy, lançado em novembro. Era como um recomeço. Porém em 8 de Dezembro do mesmo ano, John foi assassinado em Nova York por Mark David Chapman, quando retornava do estúdio de gravação junto com a mulher.
Dentre as composições de destaque de John Lennon (creditadas a Lennon/ McCartney) estão "Help!", "Strawberry Fields Forever" e "All You Need Is Love", "Revolution", "Lucy in the Sky with Diamonds", "Come Together", "Across the Universe, "Don't Let Me Down" e na carreira solo "Imagine", "Instant Karma!", "Happy Xmas (War is Over)", "Woman", "(Just Like) Starting Over" e "Watching the Wheels".
Recebe Estrela da Calçada da Fama de Hollywood em 30 de Setembro de 1988.
Em 2002, John Lennon entrou em oitavo lugar em uma pesquisa feita pela BBC como os 100 mais importantes britânicos de todos os tempos.
Recentemente, em 2008, John foi considerado pela revista Rolling Stone o 5º melhor cantor de todos os tempos.
Foi considerado o 55º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.

Notícia(s) do Dia: Jornalista que gravou conversa de Vítor Gaspar com Schauble foi suspenso (Isto lembra-me qualquer coisa e foram 48 anos)



Jornalista que gravou conversa de Vítor Gaspar com Schauble foi suspenso



O repórter de imagem da TVI fica proibido de recolher imagens por um período ainda indeterminado, mas que poderá ir além de um mês.


Os serviços de imprensa do Conselho Europeu suspenderam o repórter de imagem da TVI, António Galvão, que gravou a polémica conversa informal entre o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e o homólogo alemão sobre a disponibilidade de flexibilização do programa de ajuda financeira a Portugal.

O jornalista suspenso fica, assim, proibido de recolher imagens por um período ainda indeterminado, mas que poderá ir além de um mês.

Os mesmos serviços, que são responsáveis por estipular os termos do trabalho da comunicação social em Bruxelas, fixaram ainda regras mais apertadas para a gravação de imagens antes das reuniões ministeriais.

A decisão surge depois de a estação de Queluz ter divulgado imagens de uma conversa informal entre Vítor Gaspar e Volfganf Schauble antes da reunião do Eurogrupo, no passado dia 9 de Fevereiro. Na ocasião, o ministro das Finanças germânico dava conta da disponibilidade da Alemanha para aprovar um segundo resgate financeiro a Portugal. Posição que, mostravam as imagens, Vítor Gaspar agradecia.

O Governo, em reacção às imagens que foram difundidas a nível mundial e perante as críticas da oposição parlamentar, negou a necessidade de um segundo pacote de resgate.



Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

À Volta com a Economia: Ministros do Emprego dos 27 reúnem-se em Bruxelas com aumento do desemprego como pano de fundo



Ministros do Emprego dos 27 reúnem-se em Bruxelas com aumento do desemprego como pano de fundo

Os ministros do Emprego e dos Assuntos Sociais da União Europeia reúnem-se hoje em Bruxelas, numa altura em que uma das prioridades é o combate ao desemprego, que tem subido na generalidade dos Estados-membros, incluindo Portugal.

O Conselho de Ministros tem lugar precisamente um dia depois de o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) ter revelado que a taxa de desemprego em Portugal disparou no quarto trimestre para os 14 por cento, face aos 12,4 por cento observados no trimestre anterior, com o número de desempregados a ultrapassar os 770 mil.

Num momento em que se multiplicam os apelos para, a par das medidas de consolidação orçamental, serem adotadas políticas que fomentem o crescimento e a criação de postos de trabalho, os 27 deverão discutir formas de combater o desemprego, sobretudo entre os jovens.

De acordo com os dados sobre Portugal revelados na quinta-feira pelo INE, a taxa de desemprego total teve uma subida significativa, mas o aumento foi ainda mais expressivo entre os mais jovens: no segundo trimestre de 2011, o desemprego jovem estava nos 27 por cento; no terceiro, passou para 30 por cento; no quarto, deu um 'salto' de mais de cinco pontos percentuais, para 35,4 por cento.

Há agora, segundo os números do INE, 156 mil jovens desempregados, mais de um terço do total deste grupo etário.

Portugal receberá nas próximas semanas a visita de uma "equipa de ação" da Comissão Europeia destinada a estudar a forma de utilizar fundos comunitários para reduzir o desemprego jovem.

Esta iniciativa foi lançada pelo presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, durante o Conselho Europeu de janeiro, e visa reduzir o desemprego jovem nos oito países da União com taxas mais elevadas.

Na definição europeia da taxa de desemprego jovem, Grécia e Espanha têm as taxas mais altas, quase nos 50 por cento, sendo Portugal o terceiro país com mais jovens desempregados.

Portugal estará representado na reunião de hoje em Bruxelas pelo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira.



Fonte: LUSA

À Volta com a Economia: As diferenças nas regras laborais entre público e privado



As diferenças nas regras laborais entre público e privado


O regime de contrato de trabalho em funções públicas começa a ser discutido hoje. A redução de feriados será uma das alterações.


O Governo prepara-se para apresentar aos sindicatos da função pública uma proposta para aproximar as regras laborais dos trabalhadores do Estado às do sector privado.

1 - Redução de feriados também abrange a função pública
A versão preliminar da proposta que altera o Código do Trabalho já prevê o fim de quatro feriados para o sector privado. Mas o Diário Económico sabe que a redução é para aplicar a todos os trabalhadores, incluindo funcionários do Estado. Isto obriga a mudanças no Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas (RCTFP) que começa a ser discutido em Fevereiro.

2 - Funcionários públicos devem escapar a corte nas férias
Os trabalhadores do sector privado vão perder, a partir de 2013, o direito a três dias extra de férias que hoje existem ligados à assiduidade. Este corte para 22 dias está previsto no acordo tripartido mas não deverá chegar aos trabalhadores do Estado. Aliás, aqui, o regime de férias é bem mais vantajoso e depende apenas da idade e antiguidade, podendo ultrapassar 30 dias.

3 - Horário no Estado continua a ser mais vantajoso
Em regra, o horário no Estado é de 35 horas semanais enquanto o do privado atinge 40 horas. Além disso, nas empresas privadas também podem existir bancos de horas que, em breve, passarão a poder ser negociados com o trabalhador. E no sector privado também se prevê uma penalização maior de faltas injustificadas em dias de ‘ponte', que poderão originar até menos quatro dias de salário.

4 - Regimes de despedimento também divergem
Continua a ser quase impossível despedir os antigos funcionários públicos que passaram a ser abrangidos pelo RCTFP. Já os novos contratados podem ser despedidos por inadaptação. Neste caso, bem como na situação de contratos a prazo, o RCTFP define uma compensação mais elevada face às alterações previstas para o sector privado (que revê o regime em todos os tipos de despedimento legal).

5- Mobilidade geográfica
O Governo vai forçar a mobilidade de funcionários públicos, entre os serviços das várias regiões do País. A ideia é transferir trabalhadores de serviços onde haja excesso de pessoal para outros onde se verifique falta de recursos humanos. Esta é uma das propostas que o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, vai discutir hoje com os sindicatos do sector.

6- Bancos de horas
Os trabalhadores da administração pública vão passar a ter bancos de horas, tal como no sector privado. E o corte para metade no valor pago pelas horas extraordinárias, que deveria durar apenas durante o programa de ajustamento financeiro (até 2013), passará a ser definitivo. Estas são algumas das principais propostas que o Governo vai começar a discutir hoje com os sindicatos do sector e que têm como objectivo aproximar o regime de contrato de trabalho em funções públicas ao Código do Trabalho (sector privado), uma intenção do executivo que o Diário Económico já tinha avançado.



Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O Mundo que nos Rodeia: Um Dia Isto Tinha Que Acontecer


Um Dia Isto Tinha Que Acontecer


Existe mais do que uma! Certamente!

Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.

Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.

A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.

São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras.

Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável.

Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada.

Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?

Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.

Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.

Haverá mais triste prova do nosso falhanço?


Por: Mia Couto

À Volta com a Vida: Descoberto camaleão minúsculo em Madagáscar



Descoberto camaleão minúsculo em Madagáscar


Um dos mais pequenos camaleões do mundo foi descoberto em Madagáscar. Mede cerca de 29 mm de comprimento e foi denominado Brookesia micra. Para além deste camaleão, a equipa de investigação descobriu mais três novas espécies no norte da ilha.



Uma equipa de investigação liderada por Frank Glaw do Zoologische Staatssammlung em Munique realizou várias saídas de campo em Madagáscar à noite na estação húmida. Os cientistas examinaram cuidadosamente os habitats mais prováveis com tochas e lanternas para encontrar os locais de descanso. Esta equipa já descreveu várias espécies de camaleões anões no passado.

“Vivem principalmente nas folhas caídas durante o dia…mas à noite sobem [para os ramos para dormir] o que torna mais fácil a sua identificação”, explicou Glaw.

O Brookesia micra foi descoberto na ilha Nosy Hara, uma ilha de calcário remota. Os cientistas acreditam que se pode tratar de um caso extremo de nanismo insular. Este fenómeno é um processo evolutivo que ocorre quando uma espécie se torna mais pequena de forma a adaptar-se a um habitat restrito como uma ilha.

De acordo com Glaw poderá ter existido um “efeito de duas ilhas” no caso do B. micra. “É possível que a ilha de Madagáscar produziu um grupo geral de camaleões anões e que as ilhas mais pequenas produziram as espécies mais pequenas.”

Para além do B. micra foi também descoberto a Brookesia confidens em Ankarana, o B. desperata em Forêt d'Ambre e o B. tristes em Montagne des Français. A equipa escolheu nomes que expressassem a sua preocupação com o futuro das espécies endémicas da ilha.

Como os camaleões são semelhantes, pelo menos em aparência, os investigadores realizaram uma análise genética para confirmar se realmente se tratavam de diferentes espécies. De acordo com Miguel Vences, um outro membro da equipa, as diferenças entre as espécies são “notáveis” o que significa que se “separaram há milhões de anos atrás, provavelmente mais cedo do que outras espécies de camaleão.”

Cada uma das novas espécies descobertas estava restrita a um território muito pequeno igual ou inferior a um quilómetro quadrado. “Em Madagáscar muitas espécies estão restritas a pequenos habitats, o que torna importante a sua conservação”, alertou Glaw.


Fonte:
bbc.uk/

À Volta com a Economia: Portugal tem a quarta maior taxa de desemprego da Europa



Portugal tem a quarta maior taxa de desemprego da Europa

A taxa de desemprego em Portugal é a quarta mais elevada da União Europeia (UE), só melhor que Espanha, Irlanda e Grécia, indicam os dados mais recentes do Eurostat.


De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, a taxa de desemprego em Portugal atingiu em dezembro 13,6 por cento, mais quatro décimas que no mês anterior.

Do total dos países dos quais o Eurostat disponibiliza números para dezembro, a taxa de desemprego em Portugal situa-se apenas abaixo da registada em Espanha (22,9 por cento) e Irlanda (14,5 por cento).

No entanto, e apesar dos números não serem atualizados desde outubro, o número de desempregados em Portugal é também inferior ao verificado na Grécia, já que os dados mais recentes para o país divulgados pelo Eurostat apontam para valores perto dos 20 por cento de desempregados.

No conjunto da União Europeia (UE) e na zona euro os valores registados em dezembro estabilizaram quando comparados com novembro: 9,9 por cento nos 27 e 10,4 entre os países que partilham a moeda única.

O Eurostat calcula mensalmente uma taxa harmonizada de desemprego para todos os países da UE. Esta taxa utiliza uma metodologia comum a todos os 27 para permitir comparações. Os resultados do Eurostat não são necessariamente iguais aos obtidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).



Fonte: SIC NOTÍCIAS

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

À Volta com a Economia: Descontos para o IRS vão subir 10% nos salários mais baixos



Descontos para o IRS vão subir 10% nos salários mais baixos


Trabalhadores que ganhem mais de 726 euros por mês e 14 salários por ano, vão descontar mais 10%.


As Finanças publicaram ontem as novas tabelas de retenção de IRS que vão vigorar este ano e que se aplicam já aos salários deste mês. Os trabalhadores por conta de outrem, a quem não tenha sido cortado o subsídio de férias e Natal, são os mais penalizados, com um agravamento médio da ordem dos 10% nos salários mais baixos. O aumento das retenções reflecte o efeito conjunto da redução nas deduções fiscais e da subida da taxa de inflação.

Com a nova tabela de retenção, um contribuinte solteiro que ganhe 726 euros vai ver descontados pela entidade patronal 39,93 euros - em vez de 36,3 euros - o que significa um aumento da taxa em 0,5 pontos percentuais para 5,5%, o que se traduz no total num agravamento do desconto de IRS de 10%. Já nos salários mais elevados (para um contribuinte também solteiro), superiores a 6.000 euros, as retenções sobem dois pontos percentuais para 32,5% (uma retenção de 132 euros).

As novas tabelas de retenção de IRS, ontem publicadas pelo Ministério das Finanças, prevêem ainda que contribuintes que perdem subsídio de férias e de Natal (Função Pública) vão descontar menos IRS mensalmente durante este ano. Segundo as Finanças, foram "aprovadas tabelas específicas para os trabalhadores dependentes abrangidos pela suspensão do pagamento de subsídio de férias e de Natal (...) garantindo, assim, a aplicação aos rendimentos auferidos por estes trabalhadores das taxas de retenção que correspondem ao respectivo rendimento médio mensal", lê-se na Circular emitida pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).


Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Notícia(s) do Dia: Novo exame da troika a Portugal começa na quarta




Novo exame da troika a Portugal começa na quarta

Reformas estruturais vão estar no centro da avaliação.



 

A terceira avaliação da ‘troika' começa já depois de amanhã e, se tudo correr bem, deverá demorar cerca de 15 dias. Ainda com pouco tempo de execução do orçamento deste ano, as reformas estruturais deverão estar no centro da agenda, com especial destaque para o sector empresarial do Estado.

Os peritos internacionais do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) vão estar de olhos postos nas empresas públicas. É que a reestruturação deste sector está no centro do programa de ajustamento português.

Desde logo, parte da reestruturação que é preciso fazer na economia depende da reorganização do sector empresarial do Estado, já que há muitas empresas dependentes da ajuda pública que estão a retirar potencial de negócio às empresas privadas. Por exemplo, o Diário Económico sabe que em relação ao sector dos transportes a ‘troika' defende que será possível melhorar a oferta com mais liberalização. A reforma do sector da energia também pode ser melhorada. Já no que toca ao arrendamento, mercado laboral e justiça, a ‘troika' estará satisfeita com as reformas delineadas, mas quer agora ver a implementação.



Fonte: Diário ECONÓMICO ONLINE

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Poeta é um fingidor



Arre, que tanto é muito pouco!

Arre, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Deixem ver o Portugal que não deixam ver!
Deixem que se veja, que esse é que é Portugal!
Ponto.

Agora começa o Manifesto:
Arre!
Arre!
Oiçam bem:
ARRRRRE!



análise do poema "arre, que tanto é muito pouco"

Onde muitos vêem apenas um Campos existem, na realidade, uma variedade de Campos. Isto porque Álvaro de Campos evolui como poeta, mais ou menos ao lado de Fernando Pessoa-ele mesmo.

Marcam-se três fases distintas na escrita de Campos. Uma que se inicia com o Opiário, outra a das grandes Odes, e finalmente uma fase terminal, pessoal e abúlica. Vê-se então que Campos passa de um sensacionismo fantástico, um modernismo explosivo, de exaltação da indústria e das máquinas, para um Campos vencido na vida, rendido a um tédio imenso que o afoga em mágoa.

Este poema que me refere é curioso porque entremeado nas duas últimas fases. Observamos que Campos, se parece revoltar-se, parece usar o tom heróico de Whitman que usara nas grandes Odes - a Triunfal e a Maritima - aqui decai já ligeiramente para a análise pessoal. Ele fala já de si mesmo e não do mundo exterior e o seu tom, embora exaltado, é de uma grande mágoa pessoa, é um tom de desilusão e ele apenas se serve da voz alta para reforçar a realidade de uma dor interior.

Tocante é a maneira como o poema, que começa por invocar a impessoalidade do Portugal deixado às bestas, se transforma num relato poético do interior daquele que acusa. Se Portugal está mal, pior ainda está o poeta - a sua situação transfigura-se na massa maior do país, mas, na sua pessoalidade, assume um grau horrivelmente mais poderoso.

"Amor, glória, dinheiro são prisões", diz Campos.

Mas esta frase não pode ser de alguém que exalta o poder e a nobreza de se alcançar alguma coisa na vida. Afinal o que é a liberdade que Campos tanto quer?

A sua liberdade é já uma liberdade na loucura, na solidão extrema que partilha com o seu irmão Fernando Pessoa. A realidade é que Campos se deixou das ilusões da juventude modernista - Campos é neste poema Campos desiludido, rendido às evidências de uma vida que o prende e o oprime com as suas regras - o amor, a glória e o dinheiro.

Campos quer antes a loucura, a grande liberdade: "Nada de paredes - ser o grande entendimento - Eu e o universo". Então ser como os gnósticos que procuravam a verdade no contacto directo com Deus, mesmo correndo o risco da loucura imediata. Ao menos é um risco pela liberdade total, pela redenção.

Deixar o espectro do guarda-fato pelo esplendor do infinito - eis o objectivo astral de Campos. Ou seja, deixar a vida pela loucura, o quotidiano sem sabor pelo risco enorme do Universo vazio.

É triste o seu desespero, que nos toca ao coração. É um homem perdido: "Graças a Deus que estou doido! Que tudo quanto dei me voltou em lixo". Mas é um homem perdido que se acha. Porque na loucura, para ele, "como na bebedeira, Isto é uma solução". Uma solução.

Quando ficar louco é ter uma solução para o desespero, nada mais se pode oferecer em comparação. E é uma solução gutural, de intestinos, como ele próprio diz, é uma solução extrema, de instinto, sem regresso possível.

Campos que fizera poesia transcendental e lírica e nada nelas achou de solução parecida a esta. Agora sente que a náusea a tudo é a resposta a tudo. Comer o Universo e vomitá-lo, como quem recusa a própria existência, como quem recusa a própria vida como coisa real. Uma atitude horrivel, mas com um fim, "E assim como sou não tenho nem fim nem vida...".

"Ser indiferente!", "Ser alheio até a si mesmo!", "Ser esquecido de que se existe!".

Numa linha e sem que Campos o ouse pensar: ser imune à dor da vida.