segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Notícia(s) do Dia: Morreu Rita Levi-Montalcini, prémio Nobel, aos 103 anos


Morreu Rita Levi-Montalcini, prémio Nobel, aos 103 anos


A investigadora italiana Rita Levi-Montalcini, que venceu o prémio Nobel da Medicina em 1986 pela descoberta dos factores de crescimento das células nervosas, morreu hoje aos 103 anos em Roma.
Considerada uma grande personalidade na medicina, a investigadora marcou a área pelas suas importantes descobertas sobre os neurónios.
Montalcini nasceu em Turim, no norte da Itália, a 22 de Abril de 1909 no seio de uma família judaica e aos 20 anos lançou-se nos estudos da medicina que conclui em 1936, prometendo então jamais “ter marido ou filhos” para se dedicar à investigação
A promulgação por Mussolini, em 1938, das leis raciais discriminatórias, que impediam as carreiras académicas aos judeus, levam a jovem mulher a procurar a especialização em neurologia e psiquiatria.
Durante a II Guerra Mundial instalou um laboratório na cozinha onde fez experiências com embriões de galinhas.
O avanço das forças alemãs obrigou-a a fugir e refugiar-se em caves na Florença onde se aproxima da Resistência e cura os doentes de tifo.
As suas descobertas em galinhas, feitas em condições precárias, valeram-lhe em 1947 um convite para a Universidade de Saint-Louis em Washington onde, durante 30 anos, prossegue uma carreira de investigadora e professora.
Em 1986 obteve o reconhecimento internacional ao receber o Prémio Nobel da Medicina pela descoberta revolucionária dos factores de crescimento das células nervosas, em colaboração com Stanley Cohen.
Esta descoberta permitiu uma melhor compreensão do desenvolvimento do sistema nervoso e provocou um enorme progresso nos estudos das doenças cerebrais como a doença de Alzheimer e complicações neurológicas ligados à diabetes.
Rita Levi-Montalcini esteve também na origem da criação, em 2002, do Instituto Europeu de Investigação Cerebral, um centro de investigação interdisciplinar sediado em Roma e totalmente dedicado ao estudo do cérebro.
Primeira mulher presidente da Enciclopédia Italiana (1993-1998, Montalcini foi membro das academias científicas mais prestigiadas, como a Academia Italiana de Ciências, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e da Royal Society de Londres.

Fonte: LUSA/SOL

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Notícia(s) do Dia: MORREU O ARQUITETO OSCAR NIEMEYER




MORREU O ARQUITETO OSCAR NIEMEYER


Morreu o arquitecto brasileiro Óscar Niemeyer, aos 104 anos. Estava internado há várias semanas num hospital do Rio de Janeiro.

Óscar Niemeyer foi internado dia 2 de Novembro, pela terceira vez este ano, devido a uma desidratação. Desde então o seu estado de saúde foi-se agravando.

O seu nome confunde-se com a arquitectura moderna. Óscar Niemeyer foi o arquitecto do betão armado, dos edifícios de linhas curvas que o seu lápis desenhou.

Formado em Arquitectura e Engenharia em 1934, Niemeyer viu o seu primeiro edifício ser construído em 1937 no Rio de Janeiro, a cidade onde manteve o seu atelier na avenida que olha a baia de Guanabara.

Niemeyer, que integrou a equipa de arquitectos que projectou a sede das Nações Unidas em Nova Iorque, foi sempre um homem dado à política. Filiou-se no Partido Comunista brasileiro, em 1945.

Influenciado pelo arquitecto francês Le Corbusier, Óscar Niemeyer foi o responsável pelo projecto da cidade de Brasília, onde desenhou edifícios emblemáticos como o Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro.

Em Portugal, tem apenas uma obra, na cidade do Funchal: o Pestana Casino Park, projecto de 1966.
Óscar Niemeyer, que ultrapassou a barreira dos 100 anos sempre no activo, definia assim a matéria de que se faz um arquitecto: “Sempre digo e insisto muito que o ensino da Arquitectura, de qualquer outra escola superior, devia ser seguido de conversas paralelas, literatura, de ciências sociais, Filosofia, não para transformar o arquitecto num intelectual, mas num homem familiarizado com a vida”.