Ministros do Emprego dos 27 reúnem-se em Bruxelas com aumento do desemprego como pano de fundo
Os ministros do Emprego e dos Assuntos Sociais da União Europeia reúnem-se hoje em Bruxelas, numa altura em que uma das prioridades é o combate ao desemprego, que tem subido na generalidade dos Estados-membros, incluindo Portugal.
O Conselho de Ministros tem lugar precisamente um dia depois de o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) ter revelado que a taxa de desemprego em Portugal disparou no quarto trimestre para os 14 por cento, face aos 12,4 por cento observados no trimestre anterior, com o número de desempregados a ultrapassar os 770 mil.
Num momento em que se multiplicam os apelos para, a par das medidas de consolidação orçamental, serem adotadas políticas que fomentem o crescimento e a criação de postos de trabalho, os 27 deverão discutir formas de combater o desemprego, sobretudo entre os jovens.
De acordo com os dados sobre Portugal revelados na quinta-feira pelo INE, a taxa de desemprego total teve uma subida significativa, mas o aumento foi ainda mais expressivo entre os mais jovens: no segundo trimestre de 2011, o desemprego jovem estava nos 27 por cento; no terceiro, passou para 30 por cento; no quarto, deu um 'salto' de mais de cinco pontos percentuais, para 35,4 por cento.
Há agora, segundo os números do INE, 156 mil jovens desempregados, mais de um terço do total deste grupo etário.
Portugal receberá nas próximas semanas a visita de uma "equipa de ação" da Comissão Europeia destinada a estudar a forma de utilizar fundos comunitários para reduzir o desemprego jovem.
Esta iniciativa foi lançada pelo presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso, durante o Conselho Europeu de janeiro, e visa reduzir o desemprego jovem nos oito países da União com taxas mais elevadas.
Na definição europeia da taxa de desemprego jovem, Grécia e Espanha têm as taxas mais altas, quase nos 50 por cento, sendo Portugal o terceiro país com mais jovens desempregados.
Portugal estará representado na reunião de hoje em Bruxelas pelo ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira.
Fonte: LUSA
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