segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A Semana em Revista




CÁ DENTRO…

Bloco. Está lançado o ano eleitoral… e a luta com o PS


Bloco sai da sua XI Convenção de olhos postos no próximo governo. "Estamos preparados", repetiu-se entre os bloquistas.



"Alcançaremos a força para ser parte de um governo quando o povo quiser." Catarina Martins fechou ontem, com estas palavras, a XI Convenção dos bloquistas, a última antes do ciclo eleitoral do próximo ano, e que durante dois dias fez mira aos socialistas, enquanto do púlpito se repetiam as proclamações de que o partido está preparado para assumir responsabilidades governativas.


Mau tempo: Chuva causa cerca de 400 inundações em Lisboa e Setúbal.
A queda de chuva causou hoje cerca de 400 inundações em casas e estradas nos distritos de Lisboa e Setúbal, os mais afetados por cheias entre as 00:00 e as 21:00, informou a Proteção Civil.



Num balanço atualizado à Lusa, a Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) contabilizou em todo o território continental, no mesmo período, um total de 684 situações devido ao mau tempo.
De acordo com a ANPC, o distrito de Lisboa teve 248 inundações e o de Setúbal 133.



O mau tempo provocou ainda, um pouco por todo o continente, quedas de árvores (55) e de estruturas (20) e aluimentos de terra (35) e obrigou à limpeza de estradas (53).


Bruno de Carvalho vai passar a noite detido


Antigo presidente do Sporting deverá ser ouvido pelo juiz de instrução do Tribunal do Barreiro esta segunda-feira.



Bruno de Carvalho já abandonou a sua casa, no Lumiar, onde as autoridades realizaram buscas este domingo, acompanhadas pelo ex-presidente 'leonino', que saiu sob detenção já ao final da noite.

O antigo dirigente irá passar a noite na prisão, em instalações da GNR, e na segunda-feira deverá ser ouvido pelo juiz de instrução do Tribunal do Barreiro.

Segundo o advogado do antigo dirigente, José Preto, que falou à RTP, foi apreendido o computador da filha de Bruno de Carvalho. Terão sido apreendidos também outros aparelhos eletrónicos, tablets e telemóveis pessoais do ex-presidente.

Bruno de Carvalho e Mustafá, um dos líderes da claque Juventude Leonina, foram detidos no âmbito da investigação da invasão à academia do clube, em Alcochete, disse à Lusa fonte da GNR.

A detenção de Bruno de Carvalho e de Mustafá foi também confirmada à agência Lusa pela Procuradoria-geral da República, indicando que os detidos "serão oportunamente presentes ao Juiz de Instrução Criminal para aplicação das medidas de coação".

"Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al. b), do Código de Processo Penal, confirma-se que foram efetuadas duas detenções no âmbito do inquérito relacionado com as agressões na Academia do SCP em Alcochete", refere a PGR em resposta à Lusa.

Uma outra fonte judicial disse à Lusa que os mandatos de detenção foram emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP) e que "estão a decorrer buscas".

Em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.

No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes.

Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.

Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.


LÁ FORA…

Trump disse mais de 6 mil mentiras ou imprecisões desde que é presidente dos EUA?
Que Trump costuma fazer declarações imprecisas e que costuma mentir com frequência, já não é novidade, mas o Washighton Post tem estado a contabilizar as mentiras que o Presidente dos Estados Unidos tem dito e estas ascendem a mais de 6 mil. De acordo com a contabilização do jornal americano, Trump diz mentiras a um ritmo alucinante. Só no dia 20 de Janeiro, data em que Donald Trump tomou posse como Presidente dos Estados Unidos, fez nove declarações falsas. Até ao dia 30 de Outubro de 2018, data mais recente do estudo feito pelo Post, Trump contabilizava 619 dias como Presidente e já registava uma média de 9,89 mentiras/afirmações imprecisas por dia.

Deste número constam declarações produzidas em entrevistas, tweets, comícios ou conferências de imprensa.

Só nos primeiros nove meses enquanto Presidente, Trump já tinha dito 1329 mentiras ou afirmações incorretas. O mês de Outubro deste ano foi aquele em que o presidente americano disse mais mentiras. Algo que, segundo os analistas, se pode explicar pelo aproximar das eleições intercalares, que decorreram no dia 6 de Novembro.

Nas mais de 6400 declarações duvidosas que o Presidente dos EUA já proferiu, a mais repetida é, segundo o levantamento do Washington Post, a de que não houve conluio com a Rússia nas eleições de 2016, que resultaram na eleição de Donald Trump para a Presidência. Foi dita 157 vezes.

Outra das frases mais repetidas é a de que realizou o maior corte de impostos de sempre na história do país. Uma afirmação comprovadamente falsa, já que a lei que esgrime para sustentar este argumento representa apenas 0.9% do PIB dos EUA, enquanto durante o mandato de Ronald Reagan, no ano de 1981, houve um corte de impostos equivalente a 2,89% do PIB. Esta mentira foi repetida mais de 120 vezes.

Repetiu também 74 vezes que o muro na fronteira com o México, para combater a imigração ilegal, já está a ser construído. No entanto, o Congresso apenas aprovou 1.6 mil milhões de dólares para os gradeamentos.

A nomeação de Brett Kavanaugh para o Supremo Tribunal, que causou muita polémica devido ao facto de ter sido acusado por várias mulheres de violação e assédio sexual, também levou a algumas afirmações falsas ou imprecisas do Presidente dos EUA. Trump afirmou que Kavanaugh era o melhor do seu curso na Universidade de Yale. Contudo, a Universidade de Yale não tem ranking, apenas distingue com louvores os seus melhores estudantes, só que à altura da frequência de Brett Kavanaugh em Yale, estes louvores eram dados de forma bastante liberal - pelo menos 50% dos estudantes da altura foram louvados. Esta afirmação falsa foi repetida 25 vezes.

Uma das mentiras mais recentes está relacionada com a questão dos migrantes e da nacionalidade. Trump afirmou numa entrevista que os EUA eram o único país no Mundo onde os nascidos em solo nacional se tornavam imediatamente cidadãos do mesmo. Porém, de acordo com o Centre of Immigration Studiesexistem 39 países, contando com os EUA, que possuem essa mesma regra.

Outras das afirmações que é incorreta ou pura e simplesmente mentira, é a de que a caravana de migrantes que se aproxima da fronteira do México com os EUA é constituída por terroristas, criminosos e pessoas doentes, bem como, esta caravana ser uma invasão por parte destes migrantes. Ora, já por várias vezes, estes migrantes explicaram que vêm com o propósito de pedir asilo.

Por estes motivos afirmar que Donald Trump já disse mais de 6 mil mentiras ou imprecisões desde que é Presidente dos Estados Unidos é...


Netanyahu escapa a escândalo da compra de submarinos à Alemanha
O advogado e primo do primeiro-ministro, um ex-chefe de gabinete, um ex-ministro e um Almirante da Marinha estão envolvidos num esquema de suborno.

Tal como sucedeu em Portugal há uns anos atrás, a compra de submarinos à Alemanha por parte do Estado de Israel está envolta em enorme polémica e as evidências de corrupção estão a atingir uma série de políticos – mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu parece conseguir escapar a este vendaval.

A polícia israelita ‘vasculhou’ Benjamin Netanyahu ao longo da investigação de um dos maiores casos de corrupção da história do país e acusou alguns de seus colaboradores mais próximos pelo chamado caso 3000: a compra de submarinos aos estaleiros alemães da ThyssenKrupp para a Marinha israelita por 1.800 milhões de euros. O advogado pessoal e primo de Netanyahu, David Shimron; o ex-chefe do seu gabinete interno, David Sharan; o ex-ministro das Infraestruturas Eliezer Zandberg; e um ex-chefe da Marinha de Guerra, o almirante Eliezer Marom fazem parte da lista que a polícia de investigação entregou à Procuradoria-Geral do país para que esta estrutura redija uma acusação formal.

Netanyahu saiu ileso da longa investigação sobre o escândalo da aquisição do submarino, apedar de ter sido interrogado em várias ocasiões. Os eventuais subornos na compra dos submarinos alemães poderiam ser o fim da carreira política de Netanyahu, que está há 12 anos à frente do governo. Mas a sua não inclusão na lista de futuros acusados deixa o líder do Likud, o partido conservador que lidera, em posição para concorrer a um quarto mandato consecutivo.

“Se Netanyahu soubesse que os seus colaboradores estavam envolvidos, o primeiro-ministro deveria renunciar. Se não soube, mostra que não é capaz de dirigir o Estado”, disse o líder do Partido Trabalhista, Avi Gabbay, que insiste que Netanyahu devia renunciar ao cargo. Mas o primeiro-ministro tem-se mostrado indisponível para isso, confiando que a Justiça não o incriminará: como chefe do governo só o dirigente máximo do Ministério Público o poderia incriminar e o procurador-geral Avichai Mandelblit, que ocupa esse cargo, é um ex-advogado militar que foi secretário-geral de um governo de Netanyahu entre 2013 e 2016 e que o próprio primeiro-ministro nomeou para o cargo.

A investigação policial do Caso 3.000 é conclusiva. O representante da ThyssenKrupp em Israel, Michael Ganor, livrou-se de uma sentença dura depois de concordar em colaborar com os agentes e tornar-se numa testemunha de acusação.

A oposição alega, entretanto, que a proximidade entre Netanyahu e David Shimron, que é conhecida há décadas, impede que o primeiro-ministro possa alegar desconhecimento do caso.



Washington vai responsabilizar todos os envolvidos na morte de Khashoggi

Os Estados Unidos vão "pedir contas a todos os envolvidos na morte de Jamal Khashoggi", garantiu hoje o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita.

Numa chamada telefónica com Mohammed ben Salmane, Pompeo instou a Arábia Saudita a responsabilizar os envolvidos, assim como apelou ao “fim das hostilidades” no Iémen, relatou a porta-voz do departamento de Estado, Heather Nauert.

As forças pró-governamentais do Iémen têm combatido os rebeldes Houthis, apoiados pelo Irão. Em 2015, uma coligação liderada pelos sauditas interveio a favor das forças pró-governamentais.

Na sexta-feira, o jornal Washington Post indicou que a administração norte-americana decidiu deixar de fornecer aviões à coligação, um apoio cada vez mais controverso depois da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, imputado a altos responsáveis do reino e que estão a manchar a imagem de Riade.

O Ministério Público turco declarou recentemente que Jamal Khashoggi, de 59 anos, foi estrangulado e posteriormente desmembrado no consulado saudita em Istambul, no dia 02 de outubro, onde tinha entrado para obter um documento para se casar com uma cidadã turca.

O jornalista era esperado no consulado por um comando de 15 agentes sauditas que viajaram para a cidade turca algumas horas antes e regressaram à Arábia Saudita naquela mesma noite.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou recentemente numa coluna publicada no jornal norte-americano The Washington Post que está certo de que a ordem para matar o jornalista dissidente surgiu “do mais alto nível” do poder da Arábia Saudita.

O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era um reconhecido crítico do poder em Riade.

A Arábia Saudita admitiu que Jamal Khashoggi foi morto nas instalações do consulado saudita em Istambul, depois de, durante vários dias, as autoridades de Riade terem afirmado que saíra vivo do consulado.

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