CÁ DENTRO…
Bloco. Está lançado o
ano eleitoral… e a luta com o PS
Bloco sai da sua XI Convenção de olhos postos no
próximo governo. "Estamos preparados", repetiu-se entre os
bloquistas.
"Alcançaremos a força para ser parte de um
governo quando o povo quiser." Catarina Martins fechou ontem, com estas
palavras, a XI Convenção dos bloquistas, a última antes do ciclo eleitoral do
próximo ano, e que durante dois dias fez mira aos socialistas, enquanto do
púlpito se repetiam as proclamações de que o partido está preparado para
assumir responsabilidades governativas.
Mau tempo: Chuva causa
cerca de 400 inundações em Lisboa e Setúbal.
A queda de chuva causou hoje cerca de 400 inundações
em casas e estradas nos distritos de Lisboa e Setúbal, os mais afetados por
cheias entre as 00:00 e as 21:00, informou a Proteção Civil.
Num balanço atualizado à Lusa, a Autoridade Nacional
da Proteção Civil (ANPC) contabilizou em todo o território continental, no
mesmo período, um total de 684 situações devido ao mau tempo.
De acordo com a ANPC, o distrito de Lisboa teve 248
inundações e o de Setúbal 133.
O mau tempo provocou ainda, um pouco por todo o
continente, quedas de árvores (55) e de estruturas (20) e aluimentos de terra
(35) e obrigou à limpeza de estradas (53).
Bruno de Carvalho vai
passar a noite detido
Antigo presidente do Sporting deverá ser ouvido pelo
juiz de instrução do Tribunal do Barreiro esta segunda-feira.
Bruno de Carvalho já abandonou a sua casa, no Lumiar,
onde as autoridades realizaram buscas este domingo, acompanhadas pelo
ex-presidente 'leonino', que saiu sob detenção já ao final da noite.
O antigo dirigente irá passar a noite na prisão, em
instalações da GNR, e na segunda-feira deverá ser ouvido pelo juiz de instrução
do Tribunal do Barreiro.
Segundo o advogado do antigo dirigente, José Preto,
que falou à RTP, foi apreendido o computador da filha de Bruno de Carvalho.
Terão sido apreendidos também outros aparelhos eletrónicos, tablets e
telemóveis pessoais do ex-presidente.
Bruno de Carvalho e Mustafá, um dos líderes da claque
Juventude Leonina, foram detidos no âmbito da investigação da invasão à
academia do clube, em Alcochete, disse à Lusa fonte da GNR.
A detenção de Bruno de Carvalho e de Mustafá foi
também confirmada à agência Lusa pela Procuradoria-geral da República,
indicando que os detidos "serão oportunamente presentes ao Juiz de
Instrução Criminal para aplicação das medidas de coação".
"Ao abrigo do disposto no art.º 86.º, n.º 13, al.
b), do Código de Processo Penal, confirma-se que foram efetuadas duas detenções
no âmbito do inquérito relacionado com as agressões na Academia do SCP em
Alcochete", refere a PGR em resposta à Lusa.
Uma outra fonte judicial disse à Lusa que os mandatos
de detenção foram emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de
Lisboa (DIAP) e que "estão a decorrer buscas".
Em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do
Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de
40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e
‘staff’.
No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas,
tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão
preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da claque Juventude
Leonina Fernando Mendes.
Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão
preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de
terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro
e dano com violência.
Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos
liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de
concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.
LÁ FORA…
Trump disse mais de 6
mil mentiras ou imprecisões desde que é presidente dos EUA?
Que Trump costuma fazer declarações imprecisas e que
costuma mentir com frequência, já não é novidade, mas o Washighton Post tem
estado a contabilizar as mentiras que o Presidente dos Estados Unidos tem dito
e estas ascendem a mais de 6 mil. De acordo com a contabilização do jornal
americano, Trump diz mentiras a um ritmo alucinante. Só no dia 20 de Janeiro,
data em que Donald Trump tomou posse como Presidente dos Estados Unidos, fez
nove declarações falsas. Até ao dia 30 de Outubro de 2018, data mais recente do
estudo feito pelo Post, Trump contabilizava 619 dias como Presidente e já
registava uma média de 9,89 mentiras/afirmações imprecisas por dia.
Deste número constam declarações produzidas em
entrevistas, tweets, comícios ou conferências de imprensa.
Só nos primeiros nove meses enquanto Presidente, Trump
já tinha dito 1329 mentiras ou afirmações incorretas. O mês de Outubro deste
ano foi aquele em que o presidente americano disse mais mentiras. Algo que,
segundo os analistas, se pode explicar pelo aproximar das eleições
intercalares, que decorreram no dia 6 de Novembro.
Nas mais de 6400 declarações duvidosas que o
Presidente dos EUA já proferiu, a mais repetida é, segundo o levantamento do
Washington Post, a de que não houve conluio com a Rússia nas eleições de 2016,
que resultaram na eleição de Donald Trump para a Presidência. Foi dita 157
vezes.
Outra das frases mais repetidas é a de que realizou o
maior corte de impostos de sempre na história do país. Uma afirmação
comprovadamente falsa, já que a lei que esgrime para sustentar este argumento
representa apenas 0.9% do PIB dos EUA, enquanto durante o mandato de Ronald
Reagan, no ano de 1981, houve um corte de impostos equivalente a 2,89% do PIB.
Esta mentira foi repetida mais de 120 vezes.
Repetiu também 74 vezes que o muro na fronteira com o
México, para combater a imigração ilegal, já está a ser construído. No entanto,
o Congresso apenas aprovou 1.6 mil milhões de dólares para os gradeamentos.
A nomeação de Brett Kavanaugh para o Supremo Tribunal,
que causou muita polémica devido ao facto de ter sido acusado por várias
mulheres de violação e assédio sexual, também levou a algumas afirmações falsas
ou imprecisas do Presidente dos EUA. Trump afirmou que Kavanaugh era o melhor
do seu curso na Universidade de Yale. Contudo, a Universidade de Yale não tem
ranking, apenas distingue com louvores os seus melhores estudantes, só que à
altura da frequência de Brett Kavanaugh em Yale, estes louvores eram dados de
forma bastante liberal - pelo menos 50% dos estudantes da altura foram
louvados. Esta afirmação falsa foi repetida 25 vezes.
Uma das mentiras mais recentes está relacionada com a
questão dos migrantes e da nacionalidade. Trump afirmou numa entrevista que os
EUA eram o único país no Mundo onde os nascidos em solo nacional se tornavam
imediatamente cidadãos do mesmo. Porém, de acordo com o Centre of Immigration
Studiesexistem 39 países, contando com os EUA, que possuem essa mesma regra.
Outras das afirmações que é incorreta ou pura e
simplesmente mentira, é a de que a caravana de migrantes que se aproxima da
fronteira do México com os EUA é constituída por terroristas, criminosos e
pessoas doentes, bem como, esta caravana ser uma invasão por parte destes
migrantes. Ora, já por várias vezes, estes migrantes explicaram que vêm com o
propósito de pedir asilo.
Por estes motivos afirmar que Donald Trump já disse
mais de 6 mil mentiras ou imprecisões desde que é Presidente dos Estados Unidos
é...
Netanyahu escapa a
escândalo da compra de submarinos à Alemanha
O advogado e primo do primeiro-ministro, um ex-chefe
de gabinete, um ex-ministro e um Almirante da Marinha estão envolvidos num
esquema de suborno.
Tal como sucedeu em Portugal há uns anos atrás, a
compra de submarinos à Alemanha por parte do Estado de Israel está envolta em
enorme polémica e as evidências de corrupção estão a atingir uma série de
políticos – mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu parece conseguir escapar
a este vendaval.
A polícia israelita ‘vasculhou’ Benjamin Netanyahu ao
longo da investigação de um dos maiores casos de corrupção da história do país
e acusou alguns de seus colaboradores mais próximos pelo chamado caso 3000: a
compra de submarinos aos estaleiros alemães da ThyssenKrupp para a Marinha
israelita por 1.800 milhões de euros. O advogado pessoal e primo de Netanyahu,
David Shimron; o ex-chefe do seu gabinete interno, David Sharan; o ex-ministro
das Infraestruturas Eliezer Zandberg; e um ex-chefe da Marinha de Guerra, o
almirante Eliezer Marom fazem parte da lista que a polícia de investigação
entregou à Procuradoria-Geral do país para que esta estrutura redija uma
acusação formal.
Netanyahu saiu ileso da longa investigação sobre o
escândalo da aquisição do submarino, apedar de ter sido interrogado em várias
ocasiões. Os eventuais subornos na compra dos submarinos alemães poderiam ser o
fim da carreira política de Netanyahu, que está há 12 anos à frente do governo.
Mas a sua não inclusão na lista de futuros acusados deixa o líder do Likud, o
partido conservador que lidera, em posição para concorrer a um quarto mandato
consecutivo.
“Se Netanyahu soubesse que os seus colaboradores
estavam envolvidos, o primeiro-ministro deveria renunciar. Se não soube, mostra
que não é capaz de dirigir o Estado”, disse o líder do Partido Trabalhista, Avi
Gabbay, que insiste que Netanyahu devia renunciar ao cargo. Mas o
primeiro-ministro tem-se mostrado indisponível para isso, confiando que a
Justiça não o incriminará: como chefe do governo só o dirigente máximo do
Ministério Público o poderia incriminar e o procurador-geral Avichai
Mandelblit, que ocupa esse cargo, é um ex-advogado militar que foi
secretário-geral de um governo de Netanyahu entre 2013 e 2016 e que o próprio
primeiro-ministro nomeou para o cargo.
A investigação policial do Caso 3.000 é conclusiva. O
representante da ThyssenKrupp em Israel, Michael Ganor, livrou-se de uma
sentença dura depois de concordar em colaborar com os agentes e tornar-se numa
testemunha de acusação.
A oposição alega, entretanto, que a proximidade entre
Netanyahu e David Shimron, que é conhecida há décadas, impede que o
primeiro-ministro possa alegar desconhecimento do caso.
Washington vai responsabilizar todos os
envolvidos na morte de Khashoggi
Os Estados Unidos vão "pedir contas a todos os
envolvidos na morte de Jamal Khashoggi", garantiu hoje o chefe da
diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, ao príncipe herdeiro da Arábia
Saudita.
Numa chamada telefónica com Mohammed ben Salmane,
Pompeo instou a Arábia Saudita a responsabilizar os envolvidos, assim como
apelou ao “fim das hostilidades” no Iémen, relatou a porta-voz do departamento
de Estado, Heather Nauert.
As forças pró-governamentais do Iémen têm combatido os
rebeldes Houthis, apoiados pelo Irão. Em 2015, uma coligação liderada pelos
sauditas interveio a favor das forças pró-governamentais.
Na sexta-feira, o jornal Washington Post indicou que a
administração norte-americana decidiu deixar de fornecer aviões à coligação, um
apoio cada vez mais controverso depois da morte do jornalista saudita Jamal
Khashoggi, imputado a altos responsáveis do reino e que estão a manchar a
imagem de Riade.
O Ministério Público turco declarou recentemente que
Jamal Khashoggi, de 59 anos, foi estrangulado e posteriormente desmembrado no
consulado saudita em Istambul, no dia 02 de outubro, onde tinha entrado para
obter um documento para se casar com uma cidadã turca.
O jornalista era esperado no consulado por um comando
de 15 agentes sauditas que viajaram para a cidade turca algumas horas antes e
regressaram à Arábia Saudita naquela mesma noite.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou
recentemente numa coluna publicada no jornal norte-americano The Washington
Post que está certo de que a ordem para matar o jornalista dissidente surgiu
“do mais alto nível” do poder da Arábia Saudita.
O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The
Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era um
reconhecido crítico do poder em Riade.
A Arábia Saudita admitiu que Jamal Khashoggi foi morto
nas instalações do consulado saudita em Istambul, depois de, durante vários
dias, as autoridades de Riade terem afirmado que saíra vivo do consulado.
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