sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Às voltas com a Política: Franquelim Alves esqueceu-se que afinal era um herói (Nem mais...a mentira ao mais alto nível!)



Franquelim Alves esqueceu-se que afinal era um herói



E, de um dia para o outro, o spin governamental tentou transformar Franquelim Alves num herói. Afinal, foi este administrador da SLN que desmascarou a fraude a que ali se assistia, diz o governo que tem como principal conselheiro oficioso Dias Loureiro.

Posso ter estado distraído. É possível que o incómodo de Nuno Melo, que foi, com João Semedo e Honório Novo, um dos mais ativos deputados na Comissão Parlamentar de Inquérito ao BPN, com esta nomeação, também resulte de alguma distração. Mas lembro-me, lembram-se todos, que foi o mesmo Franquelim Alves que disse, nas mesmíssima comissão, que não denunciou gravíssimos factos, que constituíam crime, às autoridades competentes. E que estava arrependido da sua omissão cúmplice.

O ministro Álvaro veio informar, depois de ter passado a mesma informação para os jornais, que Franquelim Alves enviou uma carta ao Banco de Portugal, a 2 de Junho de 2008, em que denunciava a existência do Banco Insular. "Quando se começaram a detectar irregularidades, Franquelim Alves foi das pessoas que dentro da SLN ajudaram a desmascarar a fraude", disse o ministro da Economia, acrescentando: "Se não fossem pessoas como Franquelim Alves, que estavam dentro da SLN, não seria possível ter identificado de uma forma tão eficaz aquilo que se passou".

Estranhamente, tal a sua humildade e espirítio de sacrfício, não lhe ocorreu gabar-se disso na comissão de inquérito. Mas, afinal, tal carta foi enviada por Abdul Vakil. E não passava de uma resposta tardia ao Banco de Portugal. Ou seja, Franquelim Alves tinha razão quando confessou no Parlamento que não tinha denunciado coisa nenhuma.

O desnorte do governo e o desespero por o País ainda não estar completamente a dormir, levaram a esta coisa extraordinária: inventar o herói, atribuir-lhe uma coragem que não teve, não hesitando mesmo em inventar factos e neles desmentir o próprio visado. O governo entrou na fase terminal da sua mitomania.



Fonte: EXPRESSO Online

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