CGTP: sai Carvalho da Silva, entra Arménio Carlos
A CGTP viveu hoje um marco da sua história, no encerramento do XII Congresso da Intersindical, com Manuel Carvalho da Silva a dar lugar a Arménio Carlos no cargo de secretário-geral.
A reunião magna decorreu durante dois dias em Lisboa sob o lema 'Portugal Desenvolvido e Soberano, Trabalho com Direitos', tema que reflecte a conjuntura actual, mas que poderia ser substituído pela 'renovação e rejuvenescimento'.
No dia em que se completam 35 anos sobre a realização do II Congresso da CGTP, o emblemático congresso de todos os sindicatos, saíram os últimos históricos que entraram nessa data: Manuel Carvalho da Silva, Maria do Carmo Tavares e Manuel Freitas.
O discurso de Carvalho da Silva, que sai após 35 anos de direcção e 25 de liderança, marcou a abertura dos trabalhos pela exaustividade da análise conjuntural feita.
Com a saída dos mais velhos, a média etária do Conselho Nacional da CGTP, composto por 147 elementos, passou para os 48 anos.
Ao longo dos dois dias de trabalho, as críticas ao recente acordo de concertação social foram uma constante, bem como às políticas do Governo PSD/CDS, denunciadas como a imposição de sucessivos sacrifícios aos trabalhadores.
No congresso foram aprovados uma Carta Reivindicativa para apresentar ao Governo e ao patronato e o programa de acção da CGTP para os próximos quatro anos, que define detalhadamente todas as áreas de intervenções da central sindical.
O discurso de encerramento ficou a cargo do novo secretário-geral, Arménio Carlos, que se alongou nas críticas à política do Governo e nas apostas para o futuro sindical.
Arménio Carlos acusou o Governo de estar a destruir a economia e a promover «perigosas rupturas na sociedade» e a destruição do Estado Social.
O novo secretário-geral da CGTP apelou para a unidade na acção a partir dos locais de trabalho, contra a retirada de direitos laborais e sociais.
O congresso foi encerrado com alguma emoção, com fortes aplausos dos congressistas aos sindicalistas que saem, mas também aos que agora entram.
Fonte: LUSA/SOL
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