Herbert Marcuse nasceu a 19 de Julho de 1898, em Berlim, capital da Alemanha, filho de pais judeus. Estudou literatura e filosofia em Berlim e Freiburg, onde conheceu filósofos como Martin Heidegger, um dos maiores pensadores alemães na época. Aos 24 anos, voltou à cidade natal, onde trabalhou na venda de livros. Retornou a Freiburg para ser orientado por Heidegger no seu doutoramento sobre o filósofo Hegel.
Quatro anos depois, em 1933, por causa do governo nazista, Marcuse não foi autorizado a completar o seu projecto. Assim, foi trabalhar em Frankfurt, no Instituto de Pesquisa Social. Ainda no mesmo ano, imigra da Alemanha para a Suíça, indo em seguida para os Estados Unidos, onde obteve a cidadania em 1940.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Marcuse trabalhou para o governo norte-americano, analisando relatórios do serviço de espionagem sobre a Alemanha, actividade que durou até 1951.
No ano seguinte, começou a carreira de professor universitário de teoria política, primeiro na Colúmbia e em Harvard, depois em Brandeis, onde ficou de 1954 até 1965. Já perto de se aposentar, foi leccionar na Universidade da Califórnia, em San Diego.
As suas críticas à sociedade capitalista, em especial na obra "Eros e Civilização", de 1955, e em "O homem unidimensional", de 1964, fizeram eco nos movimentos estudantis de esquerda dos anos sessenta.
"O homem unidimensional" pode ser visto como uma análise das sociedades altamente industrializadas. Marcuse critica tanto os países comunistas quanto os capitalistas, pelas suas falhas no processo democrático: nenhum dos dois tipos de sociedade foi capaz de dar igualdade de condições para os seus cidadãos.
Ele argumentava que a sociedade industrial avançada criava falsas necessidades que integravam o indivíduo ao sistema de produção e de consumo. A comunicação de massas, cultura, publicidade, administração de empresas e modos de pensamento contemporâneos, apenas reproduziriam o sistema existente e cuidariam para eliminar negatividade, críticas e oposição. O resultado, dizia, era um universo unidimensional de ideias e comportamentos, no qual as verdadeiras aptidões para o pensamento crítico eram anuladas.
Marcuse viveu para assistir e sentir os efeitos do que teorizou: tinha 70 anos quando eclodiu a grande revolta estudantil de 1968, praticamente em todos os países do mundo.
Por sua capacidade de se seduzir seriamente e apoiar os estudantes que protestavam contra a guerra do Vietname (1961-1974) e queriam mudar a sociedade e a política, Marcuse logo ficou conhecido como o "pai da nova esquerda", apelido que ele rejeitava. Fez vários discursos aliciantes nos Estados Unidos e na Europa no fim da década e durante os anos 70. Morreu de enfarto durante uma visita à Alemanha, dez dias depois de completar 81 anos, em 29 de Julho de 1979.
Por sua capacidade de se seduzir seriamente e apoiar os estudantes que protestavam contra a guerra do Vietname (1961-1974) e queriam mudar a sociedade e a política, Marcuse logo ficou conhecido como o "pai da nova esquerda", apelido que ele rejeitava. Fez vários discursos aliciantes nos Estados Unidos e na Europa no fim da década e durante os anos 70. Morreu de enfarto durante uma visita à Alemanha, dez dias depois de completar 81 anos, em 29 de Julho de 1979.
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