Tony Curtis (nome
artístico de Bernard Schwartz), nasceu em Nova York, a 3 de junho de 1925 e
morreu em Las Vegas, 29 de setembro de 2010. Foi um ator norte-americano,
popular desde as décadas de 1950 e 1960 pelo seu trabalho no cinema tendo
participado em mais de cem filmes desde 1949.
Filho de um alfaiate húngaro imigrante judeu, teve uma
infância bastante difícil no bairro do Bronx, Nova York, onde a família morava
nos fundos da alfaiataria. Sua mãe e um dos seus dois irmãos eram
esquizofrênicos, o que fez com que ele e o outro irmão fossem internados num
orfanato aos oito anos de idade, por impossibilidade do pai de tomar conta de
todos.
Curtis serviu na marinha durante a Segunda Guerra Mundial e
foi um espectador privilegiado da rendição japonesa na Baía de Tóquio em 1945.
De volta aos Estados Unidos, passou a estudar teatro, e em 1948, devido à bela
aparência e aos olhos marcantes que o tornariam ídolo do público feminino nos
anos seguintes, foi contratado pelo estúdio Universal de Hollywood, que lhe deu
aulas de esgrima e montaria e trocou seu nome de batismo para Tony Curtis.
Apesar de parecer ser apenas mais um "menino
bonito" a chegar ao cinema, Tony provaria o seu talento em filmes como
Sweet Smell of Success (pt: Mentira Maldita), com Burt Lancaster, The Defiant
Ones (pt: Os Audaciosos), com Sidney Poitier - que lhe renderia uma indicação
ao Oscar -, Boston Strangler (pt: O Estrangulador de Boston ou O Homem Que
Odiava as Mulheres), em que interpretava um psicopata real e aquele que seria o
seu mais duradouro trabalho na lembrança dos cinéfilos: o clássico de Billy
Wilder, Some Like It Hot (Quanto Mais Quente Melhor), com Marilyn Monroe e Jack
Lemmon.
Ele também fez diversos trabalhos na televisão, o mais bem-sucedido
deles na série The Persuaders (pt: Os Persuassores), com Roger Moore, bastante
popular no início dos anos 70, que terminou porque Moore foi escolhido para
fazer James Bond no cinema.
Tony tornou-se pintor nos anos 80 e conseguiu grande sucesso
nesta segunda atividade, que segundo ele era o seu principal interesse há anos,
com os seus quadros sendo vendidos por 50.000 dólares e um deles exposto no
Metropolitan Museum of Art de Nova York.
Tony Curtis foi casado seis vezes. Em duas delas com as
atrizes Janet Leigh, seu mais famoso relacionamento e com quem teve duas
filhas, Kelly e a também atriz Jamie Lee Curtis; com a austríaca Christine
Kaufmann, com quem também teve 2 filhas, Alexandra(1964) e Allegra(1966), nos
anos 50 e 60 respetivamente; casou-se com Leslie Allen e também teve dois
filhos: Nicholas(nascido em 1971, morreu em 1994 de overdose de heroína), e
Benjamin(1973). Ele revelou que chegou a engravidar Marilyn Monroe. Um dos mais
conhecidos e picantes fatos dos bastidores do cinema envolvendo Tony Curtis deu-se
em 1959 durante as filmagens de Quanto Mais Quente Melhor. O estilista do
filme, ao comentar com Marilyn Monroe durante as provas de roupas (Tony e Jack
Lemmon atuam quase o tempo todo travestidos de mulher) que Tony tinha nádegas
mais bonitas que ela, fez Marilyn retrucar na hora, abrindo a blusa, "é,
mas ele não tem isso!", mostrando os seios. A grande tragédia de sua vida,
depois da dramática infância que passou, foi a morte de seu filho Nicholas aos
23 anos, em 1994, por overdose de heroína.
Foi casado com Jill Vandenbergh Curtis, 42 anos mais nova.
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