A
Dom Fernando II e Glória foi uma fragata à vela da Marinha Portuguesa, que
navegou entre 1845 e 1878. Atualmente é um navio museu, na dependência do Museu
da Marinha, classificada como Unidade Auxiliar da Marinha (UAM 203) e a 4ª
fragata de guerra mais antiga do Mundo.
A
D. Fernando foi o último navio de guerra inteiramente à vela da Marinha
Portuguesa. Foi construída em Damão, na Índia Portuguesa, sob a supervisão do
engenheiro construtor naval Gil José da Conceição, por uma equipa de operários
indianos e portugueses, liderados pelo mouro Yadó Semogi. Na sua construção foi
usada madeira de teca de Nagar-Aveli. Depois do lançamento ao mar, em 22 de
outubro de 1843, o navio foi rebocado para Goa onde foi aparelhado.
O
navio foi batizado em homenagem ao casal real português, o rei-consorte D.
Fernando II e a Rainha D. Maria II, cujo nome próprio era Maria da Glória. O "Glória"
do seu nome também se referia à sua santa protetora, Nossa Senhora da Glória,
de especial devoção entre os goeses.
O
navio estava armado com 50 bocas de fogo, com 28 na bateria e 22 no convés.
A
sua viagem inaugural, de Goa a Lisboa, decorreu entre 2 de fevereiro e 4 de
julho de 1845.
A D. Fernando navegou durante
33 anos, percorrendo cerca de 100 000 milhas, correspondentes a, quase, cinco
voltas ao mundo. Foi empregue no transporte de tropas, colonos e degredados
para Angola, Índia e Moçambique. Participou em operações navais de guerra no
Ultramar Português. Apoiou a expedição de Silva Porto de ligação terrestre
entre Benguela em Angola e a costa de Moçambique.
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