sexta-feira, 1 de maio de 2020

Às Voltas com a Memória... VASCO PULIDO VALENTE (n. 21 nov. 1941; m. 21 fev. 2020)


O escritor e ensaísta português Vasco Pulido Valente morreu dia 21 de fevereiro, num hospital de Lisboa, onde estava internado. A notícia da morte do comentador político, de 78 anos, foi dada à Lusa por uma fonte da editora D. Quixote.

Vasco Pulido Valente, de nome Vasco Valente Correia Guedes, nasceu em 1941, licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em História pela Universidade de Oxford.

Era conhecido pelo seu estilo cáustico e mordaz e por criticar tanto os adversários como aqueles que partilhavam as suas cores políticas. Colaborou com o jornal Público, Expresso, Diário de Notícias, A Tarde, O Independente, a revista Kapa e mais recentemente com o jornal Observador. Trabalhou ainda como comentador da TSF, da Rádio Comercial e da TVI.

Foi também investigador-coordenador do Instituto de Ciências Sociais e lecionou e no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, na Universidade Católica e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

Pulido Valente foi um lutador contra o salazarismo ainda durante a faculdade e fugiu da guerra através de cunha - o neto do professor Pulido Valente não podia ir combater no Ultramar.

Entre os livros que publicou, contam-se "Os Militares e a Política: 1820-1856", "A República Velha: 1910-1917", "Marcelo Caetano: As Desventuras da Razão", "De mal a pior" e "O fundo da gaveta", estes dois últimos, os mais recentes, publicados pela D. Quixote.

Uma crónica sua, no Público, sobre o estado do PS, no verão de 2014, intitulada "A Geringonça", viria a estar na origem da caraterização feita mais tarde por Paulo Portas sobre os acordos entre PS, Bloco de Esquerda e PCP, que viriam a sustentar a constituição do XXI Governo Constitucional.

Sem comentários:

Enviar um comentário