António Costa ao Expresso: “Não vou criar expectativas para que se façam grandes investimentos em festivais que depois saem frustradas”
Em entrevista ao Expresso, este sábado, o Primeiro-Ministro António Costa afirma que “é cedo” para tomar decisões sobre os grandes eventos culturais, no que diz respeito a eventuais restrições que possam vir a ser adotadas após o final do estado de emergência, em virtude da pandemia de covid-19.
Numa versão mais alargada da entrevista, conduzida por David Dinis e Liliana Valente, o chefe do Governo responde também a questões sobre a possibilidade de realização dos festivais de verão em Portugal, começando por assinalar que “o risco de contaminação em espaço ao ar livre é menor do que num espaço confinado”. Contudo, o Primeiro-Ministro acrescenta que não deseja “alimentar expectativas que depois saem frustradas”. “Não vou estar a criar expectativas para que se façam grandes investimentos para realizar grandes festivais em agosto ou setembro e depois não termos condições para que eles tenham lugar”, explica.
Costa reconhece que o setor cultural é “dos que estão em maior dificuldade”. “Muitas vezes as pessoas pensam que são só as grandes estrelas. Mas não. É que por trás das grandes estrelas há centenas de pessoas que nós não conhecemos, os técnicos de luz, de som e que são milhares de pessoas que estão a viver muitas dificuldades”, afirma.
Tendo em vista uma gradual retoma da normalidade, “o primeiro passo nos equipamentos culturais é naqueles que têm lugar marcado”. “São aqueles em que é mais fácil serem respeitadas as normas de distanciamento”, considera. “Num cinema, a lotação é restrita, os lugares passam a ser todos marcados, só podem vender bilhetes de duas em duas filas, de três em três cadeiras”, exemplifica, sem se comprometer porém com datas de reabertura do setor.
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