Bruxelas
e Londres já chegaram a acordo sobre futuro após o Brexit
O Executivo britânico e a
União Europeia chegaram a acordo sobre as relações futuras entre estas partes,
depois do Brexit. A solução encontrada para fronteira entre Irlandas deverá ser
alterada.
O Executivo britânico e a
União Europeia já chegaram a acordo sobre o futuro das relações entre o Reino
Unido e o bloco comunitário, depois do divórcio marcado para março de 2019. De
acordo com a Bloomberg, Theresa May e Donald Tusk dizem-se “determinados” a
substituir uma das medidas mais polémicas do acordo técnico anunciado na semana
passada: o território aduaneiro neutro na fronteira entre as Irlandas.
Na declaração em causa,
Londres e Bruxelas dizem esperar que as suas relações futuras sejam marcadas
pela criação de uma zona de comércio livre pautada pela “profunda cooperação” a
nível aduaneiro e regulatório, que permita práticas de concorrência justas. De
notar que esta cooperação regulatória não deverá ameaçar a “autonomia
regulatória” de ambas as partes, frisa o documento citado pela Bloomberg.
No que diz respeito à medida
que mais críticas tem valido a Theresa May — o chamado backstop na fronteira
entre as Irlandas — May e Tusk concordaram em substituir esta solução por um
novo acordo, que continue a evitar uma “fronteira rígida” nesta região. Em
causa está a proposta de criação de uma espécie de território aduaneiro neutro,
através do qual as mercadorias britânicas teriam acesso ao mercado dos 27 sem
taxas nem quotas.
O acordo conseguido esta
quinta-feira tem agora de ser examinado e receber o crivo dos britânicos e dos
27 Estados-membros da União Europeia. Espanha já não será um entrave. O Reino
Unido e o país vizinho chegaram a um pré-acordo relativo a Gibraltar quanto à
relação entre Espanha e a colónia britânica, depois do Brexit.
Face a este entendimento
político, a libra esterlina está a valorizar mais de 1% face ao dólar. No
entanto, a moeda britânica não conseguiu ainda regressar para o nível antes da
forte queda de quinta-feira passada, quando se afundou na sequência da demissão
de vários membros do Governo britânico.
Foi no dia 13 de novembro que
o Executivo britânico e a União Europeia chegaram a acordo técnico sobre a
saída do Reino Unido da bloco comunitário. Os termos do entendimento
conseguidos depois de 17 meses de negociações caíram mal junto do partido de
Theresa May, valendo à primeira-ministra múltiplas críticas, ameaças de uma
moção de censura e quatro baixas no seio do seu Executivo (incluindo o ministro
do Brexit).
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