sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Às Voltas com a Memória... MARLON BRANDO (n. 3 abr. 1924; m. 1 jul. 2004)





Marlon Brando, Jr., nasceu em Omaha, a 3 de abril de 1924 e morreu em Los Angeles, a 1 de julho de 2004. Foi um ator de cinema e teatro e diretor norte-americano. É saudado por trazer um estilo realista e emocionante na atuação nos seus filmes, e é amplamente considerado o maior e um dos mais influentes atores de todos os tempos. É considerado um dos mais importantes atores do cinema dos Estados Unidos.

Brando foi um dos três únicos atores profissionais, juntamente com Charlie Chaplin e Marilyn Monroe, a fazer parte da lista de 100 pessoas mais importantes do século compilada pela revista Time, em 1999. Brando foi, também, um ativista, apoiando diversas causas, como o movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e diversos movimentos em defesa dos índios norte-americanos.

Marlon Brando era filho de Marlon Brando Sr. (1895-1965) e Dorothy Pennebaker Brando. Os seus pais separaram-se quando tinha apenas 11 anos de idade - em 1935. A sua mãe levou os filhos (Marlon, Jocelyn Brando e Frances Brando) para viver com a avó em Santa Ana, Califórnia, até 1937, quando decidiu reconciliar-se com o marido e viver com ele e com os rebentos numa vila chamada Libertyville, Illinois.

Dorothy era uma mulher talentosa, embora fosse viciada em bebidas alcoólicas e mãe ausente. Ela envolveu-se com o teatro local, ajudou o jovem Henry Fonda a começar a carreira de ator e incutiu em Brando o interesse pela mesma. Sua irmã mais velha, Jocelyn, também foi atriz.

Brando teve uma infância tumultuada. Foi expulso da escola Libertyville High School e, aos 16 anos de idade, mandado para a academia militar Shattuck, em Fairbault, Minnesota. Lá, sobressaiu-se nas aulas de teatro. Mas por tentar escapar às regras da escola, sofreu, mais uma vez, e foi expulso. Foi aceite de volta um ano mais tarde, mas decidiu não dar prosseguimento aos estudos.

Brando foi para Nova York atrás de suas irmãs. Uma tentava ser pintora enquanto a outra estava na Broadway. Em Nova York, Brando estudou em várias escolas de teatro com destaque para o tempo em que estudou com Stella Adler no seu estúdio que hoje ainda funciona como escola, a Stella Adler Actors Studio. Foi com Stella, a única professora nos Estados Unidos que realmente teve contato com Stanislavski que Brando definiu a sua técnica.

Brando começou a chamar a atenção atuando na peça de Tennessee Williams, A Streetcar Named Desire (Um Elétrico Chamado Desejo). A peça foi filmada, mas acabou por atrasar o seu lançamento, o que levou que figurasse como seu primeiro trabalho em cinema o filme, de 1950, The Men (Espíritos Indómitos). Esta produção contava a história de um veterano da Segunda Guerra Mundial ferido em combate angustiado por estar preso a uma cadeira de rodas.

Ganharia o primeiro Óscar com o filme On the Waterfront (Há Lodo no Cais), dirigido por Elia Kazan. Nos anos 1960 faria alguns filmes polémicos, como The Chase (Caçada Humana), no qual é a vítima numa longa cena de espancamento. E Queimada! sua personagem favorita, usado para mostrar uma visão histórica do que teria sido a política de colonização europeia na América, com os portugueses e espanhóis agindo com violência e ganância, enquanto os ingleses ficavam para si com as colónias, atuando nos bastidores com mentiras e falso apoio aos nativos colonizados.

Nos anos 1980 interrompe a sua carreira e retira-se para a ilha de Tetiaroa, na Polinésia Francesa, da qual era o dono desde 1966. Ganha peso e é fotografado várias vezes usando um largo sarongue polinésio. Com problemas financeiros, retomou a sua carreira cinematográfica em 1989. Chegou a fazer uma paródia de si mesmo no filme The Freshman (Um Novato na Máfia), no qual praticamente repetiu a caracterização de Don Vito Corleone. Passa a ter sérios problemas pessoais, com o julgamento do filho Christian por assassinato do namorado da irmã Cheyenne e que, deprimida, se suicidou poucos anos depois (1995).

Em 1 de julho de 2004, Brando morreu de insuficiência respiratória. Segundo o advogado, David J. Seeley, Marlon faleceu num hospital de Los Angeles, e o seu corpo foi cremado e, suas cinzas foram colocadas juntas a de seu amigo de infância Wally Cox e outro amigo de longa data, Sam Gilman. Em seguida, foram espalhadas uma parte no Taiti e outra parte no Vale da Morte, Deserto de Mojave nos Estados Unidos.

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