Em Dezembro, os indicadores de sentimento económico e de confiança dos consumidores diminuíram na Área Euro (AE) e na União Europeia (UE27). Em Portugal, o indicador de clima económico voltou a agravar-se em Dezembro, mantendo o acentuado movimento descendente iniciado em Outubro de 2010 e atingindo o mínimo da série. O indicador de actividade económica, disponível até Novembro, prolongou o perfil negativo observado desde Setembro de 2010. O indicador de consumo privado apresentou uma redução mais intensa em Novembro, reflectindo os contributos negativos do consumo corrente e do consumo duradouro. No mesmo mês, o indicador de FBCF registou uma diminuição mais expressiva, em resultado do contributo mais negativo de todas as componentes, mais significativa no caso da construção. Relativamente ao comércio internacional de bens, em termos nominais, as exportações e importações registaram variações homólogas de 15,1% e -3,6% em Novembro (15,4% e -0,8% no mês anterior), respectivamente. Em 2011, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média de 3,7% (1,4% em 2010). Este resultado terá traduzido o aumento bastante acentuado do preço dos produtos energéticos e a alteração da taxa do IVA a partir de Janeiro de 2011. As componentes de bens e de serviços registaram crescimentos respectivamente de 4,4% e 2,5% (1,7% e 1,0% em 2010). A variação média anual do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) passou de 1,4% em 2010 para 3,6% em 2011, registando um diferencial face à AE de 0,9 p.p. (-0,2 p.p. no ano anterior).
Começamos com o enquadramento económico, até à conjuntura de preços, numa análise mais pormenorizada ao longo destes dias.
Enquadramento Externo
A informação qualitativa para a AE(Área Euro) e para a UE27 agravou-se em Dezembro. O indicador de confiança dos consumidores, disponível até Dezembro, tem vindo a diminuir desde Agosto na AE e na UE27, embora menos significativamente no último mês, contrariando o movimento ascendente dos meses anteriores. O indicador de sentimento económico agravou-se entre Abril e Dezembro na AE e na UE27, mas de forma ténue no último mês. O saldo das opiniões dos empresários da indústria transformadora dos principais países clientes da economia portuguesa sobre a evolução da sua carteira de encomendas prolongou em Dezembro o perfil negativo observado desde Maio. Por sua vez, o índice de produção industrial destes países desacelerou em Outubro, passando de um crescimento homólogo de 3,0% em Agosto e Setembro para 1,9%, retomando a trajectória decrescente iniciada em Julho de 2010. O índice cambial efectivo da AE registou uma variação em cadeia de -1,9% em Dezembro (-0,8% em Novembro). Em termos homólogos, este índice apresentou uma depreciação de 1,5% em Dezembro, menos expressiva em 0,6 p.p. que a observada no mês anterior. Em Dezembro, o euro depreciou-se 0,3% em termos homólogos face ao dólar (depreciação de 0,8% em Novembro) e 2,8% em cadeia (depreciação de 1,1% no mês anterior). No mesmo mês, face ao iene, o euro apresentou variações de -6,9% em termos homólogos e de -2,4% em cadeia (-6,8% e 0,0% em Novembro, respectivamente). Em Dezembro, o euro registou ainda uma depreciação face à libra de 0,5% em termos homólogos (apreciação de 0,3% em Novembro) e de 1,6% em cadeia (depreciação de 1,5% no mês anterior). O índice de preços de matérias-primas, denominados em dólares, do The Economist, apresentou uma redução homóloga de 8,2% em Dezembro (variação de 1,8% no mês anterior), prolongando o acentuado perfil descendente observado desde Maio, após registar a taxa máxima da série em Abril (42,9%). A variação em cadeia deste índice passou de -1,2% em Novembro para -3,1% em Dezembro. Em 2011, este índice apresentou uma variação média de 22,5% (24,5% em 2010). O preço do petróleo (Brent), medido em euros, desacelerou em Dezembro, registando uma variação homóloga de 26,4%, menos 6,6 p.p. que em Novembro. No mesmo mês, a respectiva variação em cadeia foi 0,2% (2,2% no mês anterior). No conjunto do ano de 2011, o preço do petróleo registou uma variação média de 32,5%, menos 4,9 p.p. que em 2010. O índice de preços na produção industrial dos principais países fornecedores apresentou um crescimento homólogo de 5,5% em Novembro, menos 0,3 p.p. que o observado no mês anterior, prolongando o perfil de desaceleração iniciado em Maio. Em 2011, a taxa de variação média anual do IHPC na AE foi 2,7% (1,6% em 2010). Mensalmente, a variação homóloga do IHPC passou de 3,0% entre Setembro e Novembro para 2,8% em Dezembro. Nos EUA, o IPC registou uma variação homóloga de 3,4% em Novembro (3,6% em Outubro), mantendo o movimento descendente do mês anterior. No Japão, a taxa de variação homóloga do IPC situou-se em -0,5% em Novembro (-0,2% em Outubro). A taxa de desemprego, ajustada de efeitos sazonais e disponível até Novembro, estabilizou em 10,3% na AE e em 9,8% pelo segundo mês consecutivo na UE27. Na UE27, esta taxa atingiu o máximo da série iniciada em 1998 e na AE o máximo desde Junho de 1998. Nos EUA, a taxa de desemprego fixou-se em 8,5% em Dezembro (8,7% em Novembro), atingindo o valor mais baixo desde Fevereiro de 2009. Em 2011, a taxa de desemprego nos EUA situou-se em 9,0% (9,6% no ano anterior). No Japão, esta taxa passou de 4,1% em Setembro, para 4,5% em Outubro e Novembro.
A informação qualitativa para a AE(Área Euro) e para a UE27 agravou-se em Dezembro. O indicador de confiança dos consumidores, disponível até Dezembro, tem vindo a diminuir desde Agosto na AE e na UE27, embora menos significativamente no último mês, contrariando o movimento ascendente dos meses anteriores. O indicador de sentimento económico agravou-se entre Abril e Dezembro na AE e na UE27, mas de forma ténue no último mês. O saldo das opiniões dos empresários da indústria transformadora dos principais países clientes da economia portuguesa sobre a evolução da sua carteira de encomendas prolongou em Dezembro o perfil negativo observado desde Maio. Por sua vez, o índice de produção industrial destes países desacelerou em Outubro, passando de um crescimento homólogo de 3,0% em Agosto e Setembro para 1,9%, retomando a trajectória decrescente iniciada em Julho de 2010. O índice cambial efectivo da AE registou uma variação em cadeia de -1,9% em Dezembro (-0,8% em Novembro). Em termos homólogos, este índice apresentou uma depreciação de 1,5% em Dezembro, menos expressiva em 0,6 p.p. que a observada no mês anterior. Em Dezembro, o euro depreciou-se 0,3% em termos homólogos face ao dólar (depreciação de 0,8% em Novembro) e 2,8% em cadeia (depreciação de 1,1% no mês anterior). No mesmo mês, face ao iene, o euro apresentou variações de -6,9% em termos homólogos e de -2,4% em cadeia (-6,8% e 0,0% em Novembro, respectivamente). Em Dezembro, o euro registou ainda uma depreciação face à libra de 0,5% em termos homólogos (apreciação de 0,3% em Novembro) e de 1,6% em cadeia (depreciação de 1,5% no mês anterior). O índice de preços de matérias-primas, denominados em dólares, do The Economist, apresentou uma redução homóloga de 8,2% em Dezembro (variação de 1,8% no mês anterior), prolongando o acentuado perfil descendente observado desde Maio, após registar a taxa máxima da série em Abril (42,9%). A variação em cadeia deste índice passou de -1,2% em Novembro para -3,1% em Dezembro. Em 2011, este índice apresentou uma variação média de 22,5% (24,5% em 2010). O preço do petróleo (Brent), medido em euros, desacelerou em Dezembro, registando uma variação homóloga de 26,4%, menos 6,6 p.p. que em Novembro. No mesmo mês, a respectiva variação em cadeia foi 0,2% (2,2% no mês anterior). No conjunto do ano de 2011, o preço do petróleo registou uma variação média de 32,5%, menos 4,9 p.p. que em 2010. O índice de preços na produção industrial dos principais países fornecedores apresentou um crescimento homólogo de 5,5% em Novembro, menos 0,3 p.p. que o observado no mês anterior, prolongando o perfil de desaceleração iniciado em Maio. Em 2011, a taxa de variação média anual do IHPC na AE foi 2,7% (1,6% em 2010). Mensalmente, a variação homóloga do IHPC passou de 3,0% entre Setembro e Novembro para 2,8% em Dezembro. Nos EUA, o IPC registou uma variação homóloga de 3,4% em Novembro (3,6% em Outubro), mantendo o movimento descendente do mês anterior. No Japão, a taxa de variação homóloga do IPC situou-se em -0,5% em Novembro (-0,2% em Outubro). A taxa de desemprego, ajustada de efeitos sazonais e disponível até Novembro, estabilizou em 10,3% na AE e em 9,8% pelo segundo mês consecutivo na UE27. Na UE27, esta taxa atingiu o máximo da série iniciada em 1998 e na AE o máximo desde Junho de 1998. Nos EUA, a taxa de desemprego fixou-se em 8,5% em Dezembro (8,7% em Novembro), atingindo o valor mais baixo desde Fevereiro de 2009. Em 2011, a taxa de desemprego nos EUA situou-se em 9,0% (9,6% no ano anterior). No Japão, esta taxa passou de 4,1% em Setembro, para 4,5% em Outubro e Novembro.
Fonte: INE
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