Barclays fecha 100 agências em Portugal
O Barclays vai anunciar uma reestruturação da operação em Portugal na área do retalho que passa pelo encerramento de 100 agências.
Estes cortes para Portugal deverão ser conhecidos esta terça-feira, no âmbito de um plano de reestruturação mais alargado que prevê ainda, segundo o jornal britânico Financial Times, a supressão de dois mil postos de trabalho só na banca de investimento.
Contactado pela Lusa, fonte oficial do Barclays não quis comentar. "As informações que temos é que os cortes em Portugal vão atingir entre 300 a 400 trabalhadores, tendo sido decidido o encerramento de cerca de 100 agências" bancárias, disse uma fonte do banco à Lusa, que pediu para não ser identificada.
Trata-se de "uma redução de mais de um terço das agências que o banco tem em Portugal", sublinhou a mesma fonte. Em 2012, tal como a Lusa noticiou a 22 de fevereiro, o Barclays encerrou 19 das suas 279 agências em Portugal, na sequência do plano de redução da base de custos no país. Na altura, fonte oficial do banco disse à Lusa que esta redução da rede não implicava despedimentos, mas confirmou a abertura de um plano de rescisões amigáveis, que teve a adesão de cerca de 200 trabalhadores.
O Barclays está em Portugal desde 1981 e entre 2009 e 2011, no âmbito de um plano de expansão no país, abriu cerca de 100 agências. O banco emprega em Portugal cerca de dois mil trabalhadores. Segundo fonte do banco, estes novos cortes na banca de retalho - que vão, então, para além dos já previstos na banco de investimento - vão estender-se a mais países da Europa, nomeadamente Espanha.
A edição de hoje do jornal Financial Times avança que o banco britânico vai cortar custos na ordem de 2.000 milhões de libras (2.337 milhões de euros) e 2.000 postos de trabalho, uma redução que será focada nas operações do banco de investimento, sobretudo na Ásia.
Além disso, refere o jornal, serão ainda reduzidas operações na banca comercial e de retalho em alguns países europeus, como em Itália. O Grupo Barclays apresenta as suas contas na terça-feira em Londres, quando deverá ser conhecido oficialmente, e ao longo do dia país a país, o seu plano de reestruturação.
Fonte: ECONÓMICO
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